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A matéria-prima que mais sobe este ano está prestes a tropeçar

Depois de triplicarem de valor no ano passado, as licenças europeias de emissão de dióxido de carbono deverão estar este ano perto do seu pico, podendo começar a perder terreno em Dezembro, segundo uma sondagem da Bloomberg.

O país atingiu em 2015 o objectivo de redução da emissão de gases com efeito de estufa em 1%. A expectativa de Bruxelas é que até 2020 continue a descer.
Miguel Baltazar
17 de Junho de 2018 às 13:00
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As permissões que autorizam os seus titulares a libertar gases com efeito de estufa para a atmosfera dispararam mais do que qualquer outra grande matéria-prima este ano, uma vez que os operadores anteciparam uma menor oferta em 2019.

 

No entanto, apesar de os futuros destas licenças de emissão de carbono poderem ainda subir 4,5% no final deste mês, acabarão por descer 5% em Dezembro, de acordo com a estimativa média de nove operadores e analistas inquiridos pela Bloomberg.

 

"Os emissores [de carbono] e os especuladores provavelmente já realizaram as suas compras antevendo uma menor oferta no próximo ano", comentou à Bloomberg um gestor de carteiras da corretora eslovena Belektron, Jan Krenisk.

 

As vendas a novos operadores no mercado, os elevados níveis de energia eólica e solar, bem como as margens negativas de gerar electricidade através da queima de combustíveis fósseis, são factores que poderão fazer cair as licenças de carbono na segunda metade do ano, no entender de Louis Redshaw, fundador da Redshaw Advisors, operadora britânica de licenças de CO2. "Há muita pressão antecipada para o final do ano", acrescentou.

 

Todos os intervenientes no mercado das emissões, desde produtores de cimento a fundos de cobertura de risco, acorreram a este mercado, avaliado em 35 mil milhões de dólares (29,8 mil milhões de euros), uma vez que a mais recente intervenção dos reguladores para fazer subir os preços está por fim a ter impacto, refere a Bloomberg.

 

Os legisladores decidiram reduzir a oferta de licenças a partir de 2019 e colocar outras numa reserva, de modo a ajudar os preços das licenças a subirem para níveis em que as "utilities" (empresas de água, luz e gás) começam a queimar menos carvão, que é o combustível mais poluente das centrais de geração de electricidade.

 

Quando o mercado das licenças de carbono arrancou, em 2005, estas eram transaccionadas gratuitamente. Mas desde 2013 que as "utilities" começaram a ser obrigadas a comprá-las, dado que as normas europeias sobre a poluição se tornaram mais rígidas.

 

Este ano, os países vão receber um recorde de 14,5 mil milhões de euros por estas licenças, estimativa feita com base nos preços actuais e na projecção de volume por parte da Bloomberg New Energy Finance.

 

Os preços deverão aumentar para 16 euros por tonelada no final deste mês, antes de caírem para 14,55 euros no final do ano, segundo as estimativas médias obtidas na sondagem da agência noticiosa junto de operadores e analistas.

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