A EDP integrou o restrito grupo de 24 empresas que a nível mundial assinaram o Compromisso Rise Ahead, iniciativa do Fórum Económico Mundial (FEM), comprometendo-se a aumentar os investimentos em inovação social.

Além da EDP, também a Hewlett Packard, a Renault Group e a Zurich Insurance Group, entre outras, integraram agora a iniciativa que arrancou na última reunião do FEM, em janeiro. Na altura, arrancou com a participação de 11 empresas, entre as quais, a Fundação de Inovação do Grupo Adecco, Fundação Bayer, EY, Empreendedorismo Social da IKEA e Microsoft.

Ao Negócios, fonte oficial da EDP referiu que a EDP aderiu a este compromisso global com o objetivo de reforçar o seu compromisso com o impacto social positivo e com a sustentabilidade. "Enquanto líder na transição energética, a EDP reconhece a importância de impulsionar a inovação social para enfrentar os desafios socioeconómicos atuais, especialmente aqueles que estão diretamente relacionados com a inclusão social, o acesso à educação, a formação e a energia limpa, e o desenvolvimento das comunidades". Esta iniciativa "está totalmente alinhada com os valores da EDP de promover um crescimento inclusivo e sustentável, que beneficie tanto as pessoas como o planeta", referiu.

O contributo da EDP irá concentrar-se em usar o seu "know-how" em energias renováveis e em soluções sustentáveis para promover o desenvolvimento social e económico nas várias regiões onde opera. "Através do seu programa global de impacto social, o EDP Y.E.S. – You Empower Society, o grupo já investe mais de 30 milhões de euros por ano a desenvolver programas de combate à pobreza energética, implementa soluções de energia solar em comunidades vulneráveis, educa as novas gerações sobre a energia renovável e desenvolve projetos de proteção do ambiente e iniciativas que promovam competências profissionais no setor", sublinha a mesma fonte.

Um exemplo é o Hope Fund, destinado a incentivar e apoiar empreendedores sociais na América Latina, Portugal e Espanha, que se destaquem na criação de soluções que contribuam para uma transição energética justa. Outro exemplo é o Fundo A2E (Fundo de Acesso à Energia), que apoia projetos de energias renováveis que promovam o desenvolvimento ambiental, social e económico de comunidades rurais e mais vulneráveis em África. "Desde o seu início, em 2018, este fundo já beneficiou direta e indiretamente a vida de quase três milhões de pessoas em sete países africanos", salienta a EDP.

Segundo a iniciativa do FEM, são necessários 1,125 biliões de dólares para financiamento de projetos sociais de 10 milhões de inovadores sociais no mundo.

"O Compromisso Rise Ahead apresenta uma oportunidade empolgante e muito necessária para o setor privado colaborar e apoiar os empreendedores sociais em todo o mundo", afirma Daniel Nowack, diretor da Aliança Global para o Empreendedorismo Social da Fundação Schwab, organização sem fins lucrativos associada ao FEM. "O número crescente de signatários reflete a forma como a inovação social se está a tornar numa capacidade empresarial estratégica, abordando questões de sustentabilidade e objetivos empresariais. Incentivamos outras empresas a aderir ao compromisso e a beneficiar do valor partilhado criado pela economia social", acrescenta em comunicado.

Ao subscreverem o Compromisso Rise Ahead, as empresas pretendem coletivamente aumentar o seu envolvimento na inovação social e reforçar significativamente a economia social até 2030, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

Os signatários comprometem-se a iniciar novas iniciativas ou a expandir as atividades existentes em, pelo menos, duas de seis áreas de envolvimento: fornecer apoio financeiro a inovadores sociais; fornecer apoio não financeiro a inovadores sociais; comprar a inovadores sociais (compras sociais); fornecer apoio financeiro ao ecossistema de inovação social; integrar princípios de inovação social em operações comerciais essenciais; e implementar ou expandir programas para apoiar os funcionários a desenvolver iniciativas de inovação social internamente.

Além disso, os signatários comprometem-se a criar objetivos quantitativos coletivos para as suas atividades a tempo da Reunião Anual do Fórum Económico Mundial de 2025. Nessa altura, será publicado um relatório que descreve o impacto dos investimentos efetuados até à data pelos signatários, incluindo o total das contribuições financeiras cumulativas.