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As empresas têm impacto social pela riqueza e empregos que criam, sendo motores de desenvolvimento da sociedade por si só. Mas há mais valores sociais para além dos empregos gerados e que estão a ser cada vez mais valorizados, fruto da visão global de transformação do mundo até 2030 sustentada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Uma meta-análise de 34 artigos realizados ao longo de um período de 22 anos, publicada em fevereiro deste ano no site Science Direct, constatou que as inovações sociais das empresas podem beneficiar tanto a empresa como a sociedade.
A revisão demonstrou que esta inovação é desencadeada por questões institucionais ou por oportunidades de mercado envolvendo várias partes interessadas. A inovação social das empresas é definida por esta equipa de analistas como uma iniciativa que visa criar valor para os acionistas e para a sociedade, com potencial para alterar estruturas e sistemas de inovação, melhorar a motivação dos trabalhadores e mudar as estratégias das empresas para aumentar a vantagem competitiva, ao mesmo tempo que oferece soluções para as necessidades da sociedade. Segundo estes analistas, as empresas podem ser guardiãs dos ODS, promovendo a igualdade, a paz e a prosperidade, gerando soluções empresariais inovadoras para os desafios sociais.
No último encontro do Fórum Económico Mundial (FEM) em Davos, na Suíça, no início do ano, também foi reconhecido o valor que a inovação social traz para a sociedade e empresas. Na altura, uma dúzia de multinacionais assinou o "Compromisso Rise Ahead", comprometendo-se a aumentar os investimentos em inovação social e convidando outras empresas a juntarem-se para ajudar a promover a inovação social a nível global, estimando-se que sejam necessários 1,1 biliões de dólares para financiamento de projetos sociais.
Por outro lado, uma empresa associada a comportamentos com impactos sociais ou ambientais negativos "pode perder quota de mercado, ter dificuldades de atração ou retenção de talento, ou mesmo perder licença para operar em determinados países ou regiões. Já uma empresa que demonstre impacto positivo de forma consistente, no longo prazo, constrói confiança com os seus consumidores, investidores e outros ‘stakeholders’, o que poderá contribuir para um reflexo positivo no seu valor económico".
Na mesma linha, a agência de comunicação global Zeno aferiu numa pesquisa que para 94% dos consumidores é importante que as empresas com as quais se envolvem tenham um propósito.
Porém, a maioria dos consumidores não acredita que as empresas tenham esse propósito clarificado, sendo que, segundo esta análise, apenas 37% o fazem.
E o lucro?
Esta envolvência das empresas na inovação social não significa prescindir do lucro. "A obtenção de lucro não está nos antípodas da geração de impacto social positivo. Este é o primeiro passo para perceber a inovação social corporativa", salienta, por sua vez, Frederico Fezas Vital, diretor executivo do Católica-Lisbon Yunus Social Innovation. E exemplifica com o caso da Danone, que montou uma fábrica no Bangladesh para produzir iogurtes enriquecidos para suprimir deficiências nutricionais desta população. Com esta estratégia "está em simultâneo a montar um novo negócio e a mitigar um problema de saúde. Com a vantagem adicional de criar trabalho numa sociedade extremamente pobre. Não perde lucro. Pelo contrário, gera uma nova oportunidade de criar lucro, ao endereçar um segmento de mercado que talvez não fosse tão óbvio para o gestor comum", acrescenta o também consultor em Inovação Social.
Mas, ainda assim, para ser interessante para as empresas um projeto de inovação social tem de ter a rentabilidade na equação? Para Frederico Fezas Vital, "ela será sempre necessária e um meio do qual não podemos prescindir, exatamente porque a inovação social opera com a resolução de problemas complexos e transformações que demoram tempo a conseguir. E isso não se faz sem se conseguir gerar os recursos financeiros e não financeiros para que isso aconteça". Por isso, na sua perspetiva, "um projeto de inovação social tem sempre de encontrar o justo balanço entre o modelo de negócio e o modelo de impacto. Um sem o outro não permitirá que a inovação social - leia-se a efetiva resolução, parcial ou total, de um problema ambiental ou social - se materialize".
Já para a Inês Sequeira, "embora a rentabilidade económica seja importante, não é a única premissa. Projetos que melhoram a sustentabilidade a longo prazo fortalecem a reputação corporativa ou atendem a necessidades específicas da comunidade também são atrativos. Muitas empresas optam cada vez mais por adotar uma visão de valor partilhado, onde o impacto social e os benefícios económicos caminham juntos, criando um ecossistema onde todos ganham". E também exemplifica com um projeto de inovação social numa empresa que promova uma melhoria do bem-estar e saúde mental dos seus colaboradores. "Na avaliação do impacto deste projeto, pode ficar demonstrado que este contribuiu para uma diminuição das baixas por doença e uma maior produtividade das equipas. Ora, apesar de não estarmos a referir-nos ao tradicional retorno financeiro que é prosseguido tradicionalmente pelas empresas, existe neste caso um valor social e um valor económico associado que é consequência deste projeto de inovação social", defende.
Inovação em colaboração
Dada a complexidade inerente aos problemas sociais, as abordagens tendem a ter múltiplos intervenientes. E são várias as iniciativas que operam com essa premissa, nomeadamente, ao unir forças com empresas sociais, autarquias, outras empresas ou parceiros.
A iniciativa Portugal Inovação Social 2030 é uma iniciativa governamental, criada em 2023, com o objetivo de desenvolver o empreendedorismo, a inovação social e o investimento de impacto em Portugal, contribuindo para o cumprimento dos ODS e em linha com os princípios do Pilar Europeu dos Direitos Sociais. "Com os fundos do Portugal 2020 e agora do Portugal 2030, foram criados instrumentos de financiamento especificamente desenhados para responder às necessidades e ao potencial deste ecossistema emergente, combinando fundos europeus com o cofinanciamento de investidores sociais (públicos e privados)", explica Filipe Almeida.
Com verbas do Portugal 2020 já foram aprovados 698 projetos de inovação social em todo o país, apoiando 481 organizações empreendedoras cofinanciadas por 848 investidores (incluindo mais de 500 empresas e mais de metade dos municípios portugueses). Foram colocados à disposição do ecossistema de inovação social nacional cerca de 152 milhões de euros (101 milhões de euros de fundos europeus e 51 milhões de euros de investimento social). "Portugal tornou-se nos últimos anos um laboratório experimental de novas soluções para problemas sociais, com um dos mais dinâmicos ecossistemas do mundo", assinala Filipe Almeida.
Na sua perspetiva, a colaboração é a chave para o sucesso dos projetos. "Não creio que possa existir uma inovação social corporativa sem parcerias intersetoriais, que mobilizem também a economia social e o setor público. A inovação está ao alcance de todos e precisa de todos. E ela é especialmente necessária para encontrarmos novas respostas para problemas novos e antigos que persistem. Por exemplo, a pobreza infantil extrema, o envelhecimento da população e o isolamento social, o desemprego tecnológico severo que enfrentaremos muito em breve, o deslaçar do tecido social provocado pela desumanização das relações interpessoais, a depressão juvenil, o esgotamento de recursos naturais, os fluxos migratórios e as ameaças bélicas e sanitárias", assinala Filipe Almeida.
Também no âmbito da colaboração, gerar uma mudança sistémica no ecossistema da inovação social ligando investidores e organizações sociais é o objetivo da Rede Capital Social, uma organização lançada em março passado. Promovendo a filantropia estratégica, pretende reunir cerca de 15 milhões de euros para efetuar investimentos em projetos com impactos positivos.
Ao reunir investidores sociais nacionais tem por objetivo apoiar a médio e longo prazo iniciativas relevantes com vista a fomentar a maximização do seu impacto social. A chave está também na colaboração. "Enquanto não olharmos para os ODS de forma holística de forma a que fique claro que não só precisamos de parcerias alargadas entre os diferentes setores e agentes sociais para a sua resolução, como também entendermos que estão todos interligados, e que é impossível focarmo-nos na resolução de problemas ambientais sem resolvermos em simultâneo os sociais, não será possível chegarmos a 2030 com o sucesso no cumprimento dos ODS que tanto precisamos", destaca Inês Sequeira. É que, acrescenta, "não tenhamos dúvidas de que o S de social tem de ser a âncora do E (‘environmental’) e do G (‘governance’), pois de outra forma não é possível criar eficiência".
O Yunus Social Innovation Center da Católica-Lisbon coloca também a inovação social corporativa no centro da sua agenda, defendendo que as empresas têm um papel determinante na aceleração do cumprimento dos grandes objetivos globais. "Cada empresa é um pequeno microcosmo representativo da sociedade em que opera. Como tal, o foco deverá ser sempre o de procurar ter um impacto positivo nesse seu sistema que, depois, irá interagir com outros sistemas", defende Frederico Fezas Vital. Sendo que, "para que essa mudança se dissemine e se transforme em algo mais transversal nas sociedades, precisamos depois que outros agentes económicos se juntem, como partes das soluções. Governos, autarquias, organizações de impacto, cidadãos. É exatamente isso que as Nações Unidas nos pedem com o ODS 17 - juntem-se e colaborem para que o impacto possa ser maior", finaliza.
A revisão demonstrou que esta inovação é desencadeada por questões institucionais ou por oportunidades de mercado envolvendo várias partes interessadas. A inovação social das empresas é definida por esta equipa de analistas como uma iniciativa que visa criar valor para os acionistas e para a sociedade, com potencial para alterar estruturas e sistemas de inovação, melhorar a motivação dos trabalhadores e mudar as estratégias das empresas para aumentar a vantagem competitiva, ao mesmo tempo que oferece soluções para as necessidades da sociedade. Segundo estes analistas, as empresas podem ser guardiãs dos ODS, promovendo a igualdade, a paz e a prosperidade, gerando soluções empresariais inovadoras para os desafios sociais.
No último encontro do Fórum Económico Mundial (FEM) em Davos, na Suíça, no início do ano, também foi reconhecido o valor que a inovação social traz para a sociedade e empresas. Na altura, uma dúzia de multinacionais assinou o "Compromisso Rise Ahead", comprometendo-se a aumentar os investimentos em inovação social e convidando outras empresas a juntarem-se para ajudar a promover a inovação social a nível global, estimando-se que sejam necessários 1,1 biliões de dólares para financiamento de projetos sociais.
As empresas que contribuem mais para a sociedade têm maior probabilidade de ter níveis de confiança mais elevados por parte dos ‘stakeholders’ e melhor reputação junto dos consumidores. Inês Sequeira
CEO da Rede Capital Social
São vários os benefícios que a inovação social pode trazer às próprias empresas. Para Inês Sequeira, CEO da Rede Capital Social, "as empresas que contribuem mais para a sociedade têm maior probabilidade de ter níveis de confiança mais elevados por parte dos ‘stakeholders’ e uma melhor reputação junto dos consumidores". Além disso, a dirigente desta organização considera também que estas empresas estão mais bem preparadas para a competitividade a longo prazo. "Através da inovação social podem-se também criar novos produtos e serviços e consequentemente construir-se novos mercados criando assim novas oportunidades de negócio". CEO da Rede Capital Social
Por outro lado, uma empresa associada a comportamentos com impactos sociais ou ambientais negativos "pode perder quota de mercado, ter dificuldades de atração ou retenção de talento, ou mesmo perder licença para operar em determinados países ou regiões. Já uma empresa que demonstre impacto positivo de forma consistente, no longo prazo, constrói confiança com os seus consumidores, investidores e outros ‘stakeholders’, o que poderá contribuir para um reflexo positivo no seu valor económico".
Na mesma linha, a agência de comunicação global Zeno aferiu numa pesquisa que para 94% dos consumidores é importante que as empresas com as quais se envolvem tenham um propósito.
Porém, a maioria dos consumidores não acredita que as empresas tenham esse propósito clarificado, sendo que, segundo esta análise, apenas 37% o fazem.
Para prosperarem, as empresas precisam de alinhar as suas estratégias e práticas com os valores da sociedade. Filipe Almeida
Presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social
Porém, seja por pressão do próprio mercado ou do setor legislativo, "para prosperarem, as empresas precisam de alinhar as suas estratégias e práticas com os valores da sociedade", sublinha Filipe Almeida, presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social 2030. Na sua perspetiva, "nenhuma transformação social será consolidada sem a contribuição e o alinhamento do setor empresarial", sendo que "do ponto de vista das mudanças sociais, o setor empresarial é habitualmente reativo. Não é um promotor proativo de mudanças, mas reage rapidamente mediante os incentivos certos". E neste cenário serão "agentes ativos de mudança" dado o impacto que têm nos hábitos de consumo, promoção de relações sociais e construção de identidades coletivas.Presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social
E o lucro?
Esta envolvência das empresas na inovação social não significa prescindir do lucro. "A obtenção de lucro não está nos antípodas da geração de impacto social positivo. Este é o primeiro passo para perceber a inovação social corporativa", salienta, por sua vez, Frederico Fezas Vital, diretor executivo do Católica-Lisbon Yunus Social Innovation. E exemplifica com o caso da Danone, que montou uma fábrica no Bangladesh para produzir iogurtes enriquecidos para suprimir deficiências nutricionais desta população. Com esta estratégia "está em simultâneo a montar um novo negócio e a mitigar um problema de saúde. Com a vantagem adicional de criar trabalho numa sociedade extremamente pobre. Não perde lucro. Pelo contrário, gera uma nova oportunidade de criar lucro, ao endereçar um segmento de mercado que talvez não fosse tão óbvio para o gestor comum", acrescenta o também consultor em Inovação Social.
Mas, ainda assim, para ser interessante para as empresas um projeto de inovação social tem de ter a rentabilidade na equação? Para Frederico Fezas Vital, "ela será sempre necessária e um meio do qual não podemos prescindir, exatamente porque a inovação social opera com a resolução de problemas complexos e transformações que demoram tempo a conseguir. E isso não se faz sem se conseguir gerar os recursos financeiros e não financeiros para que isso aconteça". Por isso, na sua perspetiva, "um projeto de inovação social tem sempre de encontrar o justo balanço entre o modelo de negócio e o modelo de impacto. Um sem o outro não permitirá que a inovação social - leia-se a efetiva resolução, parcial ou total, de um problema ambiental ou social - se materialize".
Já para a Inês Sequeira, "embora a rentabilidade económica seja importante, não é a única premissa. Projetos que melhoram a sustentabilidade a longo prazo fortalecem a reputação corporativa ou atendem a necessidades específicas da comunidade também são atrativos. Muitas empresas optam cada vez mais por adotar uma visão de valor partilhado, onde o impacto social e os benefícios económicos caminham juntos, criando um ecossistema onde todos ganham". E também exemplifica com um projeto de inovação social numa empresa que promova uma melhoria do bem-estar e saúde mental dos seus colaboradores. "Na avaliação do impacto deste projeto, pode ficar demonstrado que este contribuiu para uma diminuição das baixas por doença e uma maior produtividade das equipas. Ora, apesar de não estarmos a referir-nos ao tradicional retorno financeiro que é prosseguido tradicionalmente pelas empresas, existe neste caso um valor social e um valor económico associado que é consequência deste projeto de inovação social", defende.
Inovação em colaboração
Dada a complexidade inerente aos problemas sociais, as abordagens tendem a ter múltiplos intervenientes. E são várias as iniciativas que operam com essa premissa, nomeadamente, ao unir forças com empresas sociais, autarquias, outras empresas ou parceiros.
A iniciativa Portugal Inovação Social 2030 é uma iniciativa governamental, criada em 2023, com o objetivo de desenvolver o empreendedorismo, a inovação social e o investimento de impacto em Portugal, contribuindo para o cumprimento dos ODS e em linha com os princípios do Pilar Europeu dos Direitos Sociais. "Com os fundos do Portugal 2020 e agora do Portugal 2030, foram criados instrumentos de financiamento especificamente desenhados para responder às necessidades e ao potencial deste ecossistema emergente, combinando fundos europeus com o cofinanciamento de investidores sociais (públicos e privados)", explica Filipe Almeida.
Com verbas do Portugal 2020 já foram aprovados 698 projetos de inovação social em todo o país, apoiando 481 organizações empreendedoras cofinanciadas por 848 investidores (incluindo mais de 500 empresas e mais de metade dos municípios portugueses). Foram colocados à disposição do ecossistema de inovação social nacional cerca de 152 milhões de euros (101 milhões de euros de fundos europeus e 51 milhões de euros de investimento social). "Portugal tornou-se nos últimos anos um laboratório experimental de novas soluções para problemas sociais, com um dos mais dinâmicos ecossistemas do mundo", assinala Filipe Almeida.
Na sua perspetiva, a colaboração é a chave para o sucesso dos projetos. "Não creio que possa existir uma inovação social corporativa sem parcerias intersetoriais, que mobilizem também a economia social e o setor público. A inovação está ao alcance de todos e precisa de todos. E ela é especialmente necessária para encontrarmos novas respostas para problemas novos e antigos que persistem. Por exemplo, a pobreza infantil extrema, o envelhecimento da população e o isolamento social, o desemprego tecnológico severo que enfrentaremos muito em breve, o deslaçar do tecido social provocado pela desumanização das relações interpessoais, a depressão juvenil, o esgotamento de recursos naturais, os fluxos migratórios e as ameaças bélicas e sanitárias", assinala Filipe Almeida.
Também no âmbito da colaboração, gerar uma mudança sistémica no ecossistema da inovação social ligando investidores e organizações sociais é o objetivo da Rede Capital Social, uma organização lançada em março passado. Promovendo a filantropia estratégica, pretende reunir cerca de 15 milhões de euros para efetuar investimentos em projetos com impactos positivos.
Ao reunir investidores sociais nacionais tem por objetivo apoiar a médio e longo prazo iniciativas relevantes com vista a fomentar a maximização do seu impacto social. A chave está também na colaboração. "Enquanto não olharmos para os ODS de forma holística de forma a que fique claro que não só precisamos de parcerias alargadas entre os diferentes setores e agentes sociais para a sua resolução, como também entendermos que estão todos interligados, e que é impossível focarmo-nos na resolução de problemas ambientais sem resolvermos em simultâneo os sociais, não será possível chegarmos a 2030 com o sucesso no cumprimento dos ODS que tanto precisamos", destaca Inês Sequeira. É que, acrescenta, "não tenhamos dúvidas de que o S de social tem de ser a âncora do E (‘environmental’) e do G (‘governance’), pois de outra forma não é possível criar eficiência".
O Yunus Social Innovation Center da Católica-Lisbon coloca também a inovação social corporativa no centro da sua agenda, defendendo que as empresas têm um papel determinante na aceleração do cumprimento dos grandes objetivos globais. "Cada empresa é um pequeno microcosmo representativo da sociedade em que opera. Como tal, o foco deverá ser sempre o de procurar ter um impacto positivo nesse seu sistema que, depois, irá interagir com outros sistemas", defende Frederico Fezas Vital. Sendo que, "para que essa mudança se dissemine e se transforme em algo mais transversal nas sociedades, precisamos depois que outros agentes económicos se juntem, como partes das soluções. Governos, autarquias, organizações de impacto, cidadãos. É exatamente isso que as Nações Unidas nos pedem com o ODS 17 - juntem-se e colaborem para que o impacto possa ser maior", finaliza.