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Um ano depois: Lei de Redução da Inflação já criou mais de 170 mil empregos na área da energia limpa

EUA fazem balanço positivo daquele que consideram “o maior investimento em energia limpa e ação climática do mundo”. Expectativa é que crie mais 1,5 milhão de empregos na próxima década.

Sónia Santos Dias 17 de Agosto de 2023 às 08:38
Os conflitos políticos nos EUA no que toca às finanças do país são vistos como uma “erosão da governação”.
Mike Segar/Reuters
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A Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), promulgada pelo presidente Joe Biden a 16 de agosto de 2022, já permitiu criar mais de 170 mil empregos na área da energia limpa, sendo expectável que crie mais de 1,5 milhão de empregos adicionais na próxima década.

Um ano depois, a IRA "está a Impulsionar uma ação climática histórica e a investir na América para criar empregos bem remunerados e reduzir custos", refere a Administração Biden-Harris num balanço divulgado ontem.

Considerada pelos EUA como "o investimento mais ambicioso para combater a crise climática na história do mundo", esta lei pretende fortalecer os EUA em termos de segurança energética e impulsionar o país para a linha da frente da transição verde.

"Apenas doze meses após a assinatura da lei, esta já teve um impacto significativo nos trabalhadores e famílias americanas e está a cumprir os objetivos das comunidades desfavorecidas e daquelas que muitas vezes foram deixadas para trás", refere a Administração.

Para além dos 170 mil empregos criados na área da energia limpa, as empresas anunciaram mais de 110 mil milhões de dólares em investimentos na produção de energia limpa, incluindo mais de 70 mil milhões de dólares na cadeia de abastecimento de veículos elétricos (VE) e mais de 10 mil milhões de dólares no fabrico de painéis solares. Desde que o Presidente Biden foi eleito, o setor privado anunciou aproximadamente 240 mil milhões de dólares em novos investimentos em energia limpa.

Os investimentos do setor público e privado deverão reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em aproximadamente mil milhões de toneladas em 2030, sublinha a nota divulgada.

Nos últimos 12 meses, a Administração Biden-Harris já concedeu mais de mil milhões de dólares para ajudar as comunidades a tornarem-se mais resistentes e a protegerem-se dos impactos das alterações climáticas, incluindo secas, calor e condições meteorológicas extremas.

Prevê-se que as famílias americanas poupem 27 a 38 mil milhões de dólares nas suas contas de eletricidade entre 2022 e 2030, em comparação com um cenário sem a Lei de Redução da Inflação, de acordo com novos dados divulgados ontem pelo Departamento de Energia dos EUA.

O Departamento confirma o progresso climático impulsionado pela Lei de Redução da Inflação e pela Lei de Infraestrutura Bipartidária. Estima que as duas leis reduzirão as emissões de gases de efeito estufa dos EUA em até 41 por cento abaixo dos níveis de 2005 até 2030. Preveem também os Estados Unidos alcancem potencialmente 80 por cento de eletricidade limpa até 2030.

O Departamento de Energia estima ainda que a Lei de Redução da Inflação e a Lei de Infraestrutura Bipartidária reduzirão as tarifas de eletricidade em até 9 por cento e baixarão os preços do gás em até 13 por cento até 2030 - colocando dezenas de milhares de milhões de dólares de volta nos bolsos dos americanos.

Juntamente com as ações adicionais que estão a ser tomadas pelos governos federal, estadual e local, bem como pelo setor privado, "os Estados Unidos estão agora no caminho para alcançar o ambicioso objetivo do Presidente Biden de reduzir as emissões em 50 a 52 por cento abaixo dos níveis de 2005 até 2030 e atingir emissões líquidas zero até 2050, no máximo. Isso está em linha com investigadores externos, que projetam que a emissão de gases de efeito estufa nos EUA cairão entre 43 e 48 por cento abaixo dos níveis de 2005 até 2035, graças às leis já em vigor", destaca o comunicado.

 

 

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