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São seis os projetos-piloto que chegarem ao final do programa de inovação colaborativa Smart Open Lisboa Transição Energética, para dar resposta a diferentes desafios e tornar Lisboa uma cidade net-zero.
No âmbito deste programa, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) e gerido pela consultora de inovação colaborativa Beta-i, 10 empresas com presença no mercado nacional e start-ups, tanto nacionais como internacionais, juntaram-se para desenvolver para acelerar a transição energética de Lisboa.
Os seis projetos-piloto chegarem ao final do programa e passam já para a fase de aplicação em contexto real, existindo outros ainda em estudo e com possibilidade de se virem a concretizar.
Entre os projetos-piloto do programa está uma ferramenta analítica baseada em inteligência artificial e machine learning, desenvolvida pela start-up EVE em parceria com a Brisa, que auxilia na tomada de decisão relativamente à assistência rodoviária da sua frota elétrica.
Num outro projeto-piloto, a Brisa juntou-se à Schréder numa parceria com a start-up canadiana Liveable Cities, para monitorizar dois nós de autoestrada operados pela Brisa. A solução irá monitorizar o comportamento dos veículos, as velocidades e os parâmetros ambientais e permitirá à Brisa compreender o comportamento do trânsito nas interseções e perceber o seu impacto ambiental.
A Carris, também em conjunto com a Schréder e a start-up Liveable Cities, vai fazer uma monitorização das condições ambientais nas suas instalações de armazenamento e manutenção. Esta solução permite detetar alterações para melhorar os procedimentos operacionais utilizados nas instalações.
Simultaneamente, a Carris vai reforçar a aposta na transição energética com um segundo projeto-piloto, baseado na análise de dados sobre o desempenho dos seus veículos. O projeto, com a start-up irlandês EVE, tem como objetivo otimizar a gestão da frota e reduzir o consumo de energia – e consequentes emissões de CO2. Este piloto irá aplicar a tecnologia nos veículos elétricos ligeiros da Carris.
A ANA – Aeroportos de Portugal, em conjunto com a start-up espanhola Predictive Company está a desenvolver um piloto que irá permitir a integração da tecnologia de IA no Terminal 2 do Aeroporto de Lisboa, para tornar mais eficiente o seu sistema de climatização. Este projeto levará ainda à poupança de energia, otimização dos custos e à redução das emissões de CO2.
Por fim, a empresa está também a estudar a possibilidade de avançar com novas abordagens e com a implementação de microturbinas eólicas em contexto de aeroporto.
"O Smart Open Lisboa é mais uma das ferramentas essenciais para a transformação de Lisboa na Capital da Inovação. Esta transformação foi uma das metas que propusemos aos lisboetas e, para a atingirmos, estamos a trabalhar para promover a inovação de forma transversal à economia da cidade, aprendendo com o seu ecossistema empreendedor e trazendo-a também para os seus setores", refere Diogo Moura, vereador da Economia e Inovação da CML.
Diogo Teixeira, CEO da Beta-i, explica que "uma capital neutra em carbono até 2030 é uma meta de todos, mas também um grande desafio no qual a generalidade dos stakeholders da cidade, sem exceção, precisam de estar envolvidos. Só através da inovação em colaboração será possível desenvolverem-se soluções de impacto e escaláveis, que se traduzam em passos significativos no que respeita à transição energética".
Esta edição introduziu ainda no programa a criação de uma componente de comunidade que assenta numa plataforma de partilha de conhecimento e experiências, e que permite às empresas envolvidas discutirem temas prioritários com uma visão estratégica.