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Madrid é a cidade da Península Ibérica "mais bem preparada" para o futuro, à qual se juntam, na Europa, Lyon, Viena, Edimburgo e Helsínquia, segundo um estudo global em 250 cidades conduzido pela consultora internacional ThoughtLab.
Dentro destas 250 cidades espalhadas por todos os continentes, 50 foram categorizadas como preparadas para o futuro, 150 foram consideradas "em progresso" e 50 foram analisadas como estando num estágio inicial de desenvolvimento.
Na América do Norte, as cidades que estão a fazer um caminho mais rápido e eficiente no campo da sustenbildiade são Boston, Chicago, São Francisco, Seattle e Toronto. Na América Latina, são Buenos Aires, Caracas, Curitiba, Quito e Rosário. No Médio Oriente e África foram catalogadas Ancara, Doha, Kampala, Rabat e Teerão. E na Ásia-Pacífico estão a ficar bem preparadas Pequim, Guangzhou, Melbourne, Taipé e Tóquio.
Os líderes de 92% das cidades preparadas para o futuro dizem que as suas cidades estão bem preparadas para superar os desafios urbanos atuais e a fazer "progressos consideráveis" nos seus planos de descarbonização e noutras métricas de desempenho urbano, como poluição, criminalidade, segurança e saúde.
Segundo a análise, estas cidades não só estão a fazer mais para responder aos desafios que enfrentam, como também estão a reinventar os seus serviços em diversos domínios urbanos, como transportes, segurança pública e outros, transformando as suas operações e adotando a tecnologia para alcançar os seus objetivos.
Intitulado "Da visão do futuro à realidade urbana", o estudo mostra o que significa estar preparado para o futuro e o que as cidades precisam de fazer para alcançar esse estado. "As cidades enfrentam atualmente grandes desafios enquanto se esforçam para se prepararem para o futuro. O objetivo deste estudo é fornecer à liderança das cidades um plano orientado por dados para responder às mudanças nas expetativas e comportamentos dos cidadãos, ao mesmo tempo que oferece insights de benchmarking para ajudá-las a avaliar o seu progresso em direção à preparação para o futuro", afirma Lou Celi, CEO da ThoughtLab e diretor do programa de pesquisa, em comunicado.
Para analisar o progresso das cidades, o ThoughtLab realizou um estudo de benchmarking mundial com 250 cidades em 78 países, representando 9% da população mundial. A amostra incluiu cidades de diferentes localizações, níveis de desenvolvimento económico e tamanhos populacionais, variando de 50.000 a mais de 37,1 milhões de pessoas.
Os que diferencia as cidades líderes das restantes é a sua rápida adaptação às mudanças. Nomeadamente, são as que mais progrediram em termos de segurança e resiliência, com quase três quartos a registarem avanços significativos, em comparação com apenas 17% das cidades que não estão preparadas para o futuro.
Cerca de dois terços dessas cidades também avançaram consideravelmente em áreas como ambiente e sustentabilidade, bem-estar, saúde e confiança dos cidadãos.
Mais de metade fez progressos significativos nos transportes e infraestruturas urbanas, áreas particularmente desafiantes devido a anos de desatenção.
De acordo com o estudo, as áreas metropolitanas mais bem-sucedidas adotam três estratégias diferenciadoras. Nomeadamente, criam modelos operacionais inovadores para melhorar a governação, fomentam a participação dos cidadãos e conduzem planos orientados para o futuro.
Focam-se nas pessoas, garantindo uma vida saudável e inclusiva, ao mesmo tempo que utilizam tecnologias digitais para envolver os cidadãos e desenvolver pessoal produtivo e qualificado.
Também constroem ecossistemas amplos de parceiros e adotam uma abordagem holística e interdepartamental para enfrentar desafios interligados, como economia, sem-abrigo e criminalidade.
Também se destacam por promoverem a inovação contínua em domínios urbanos fundamentais, focando-se em sustentabilidade, infraestruturas, mobilidade, segurança e resiliência e bem-estar dos cidadãos. Investem fortemente em energia verde, infraestruturas inteligentes e melhorias nos transportes públicos, como carregamento de veículos elétricos e micromobilidade.
Também aproveitam o poder da inteligência artificial e de outras tecnologias avançadas para a transformação urbana, investindo "significativamente mais do que as suas pares" em iniciativas digitais.