- Partilhar artigo
- ...
Nunca o país apostou tanto em proteção ambiental como em 2021. Nesse ano, Portugal gastou 3.927,5 milhões de euros no setor, valor que corresponde a 1,8% do PIB nacional (mais 0,1% do que o ano anterior). Face a 2020, a despesa aumentou 18%, o maior salto desde 2014, indicam dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A DNPA - despesa nacional em proteção do ambiente - "aumentou mais do que o PIB", que subiu "7,7% em termos nominais", revela o INE.
A subida do ano em análise é justificada com o acréscimo na despesa de consumo final em 20,8%, para os 1.056,2 milhões de euros, assim como do consumo intermédio, que se fixou nos 22,6%, o correspondente a 2132,6 mil milhões. Também o investimento na produção de serviços de proteção ambiental cresceu em 6,1% (775,4 milhões).
Apesar do aumento da despesa de todos os setores institucionais, as "sociedades" foram responsáveis por maior parte da evolução positiva de proteção do ambiente de 2021, correspondendo a 60% do valor total, uma subida de 24% face ao período homólogo. Já as "administrações públicas" e as "instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias" somaram 6%, seguido das "famílias" que saltaram 17,2%.
A gestão dos resíduos e a gestão das águas residuais representam as maiores contribuições para a despesa total, em 44,7% e 29,9%, respetivamente. O INE aponta que o primeiro domínio reduziu a sua representatividade, dos 36,1% registados em 2014, para os 29,9% relativos a 2021.
"Por outro lado, aumentaram ligeiramente as representatividades de ‘outras atividades de proteção ambiental’ e da ‘proteção da biodiversidade e paisagem’, que constituem domínios pouco expressivos no total da DNPA", explicam.
Numa comparação com os restantes países da União Europeia, o peso da DNPA no PIB nacional (1,8%) situou-se abaixo da média europeia, que se fixou nos 2,2%. Portugal ocupou a 17.ª posição em relação àquela despesa ‘per capita’, subindo três lugares face ao ano anterior, com 383,3 euros por habitante, quase metade da média da UE27 (718,8 euros). A liderar a corrida em primeiro lugar está a Aústria.
Os números do emprego em proteção do ambiente, que até agora eram revelados nos relatórios anuais, foram suprimidos no de 2021, dado que "têm sido sujeitos a alterações quase contínuas desde 2017", esclarece o instituto. Em 2020, o setor representou 1% do emprego nacional.