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Maior central do mundo para extrair CO2 do ar lançada na Islândia

Denominada Mammoth, foi concebida para captar até 36 mil toneladas de CO2 por ano, armazenando-o permanentemente no subsolo.

Sónia Santos Dias 09 de Maio de 2024 às 09:52
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A Climeworks abriu a maior instalação operacional de captura e armazenamento direto de ar (DAC) do mundo na Islândia. A Mammoth é a segunda instalação comercial da empresa na Islândia e é cerca de dez vezes maior do que a sua antecessora, a Orca.

A central foi concebida para uma capacidade de captura nominal de até 36 mil toneladas de CO2 por ano, em pleno funcionamento, filtrando o CO2 do ar e armazenando-o permanentemente no subsolo.

"O início das operações da Mammoth é mais um ponto de prova na jornada de aumento de escala da Climeworks para uma capacidade de megatoneladas até 2030 e de gigatoneladas até 2050. É um exemplo dos nossos investimentos contínuos em I&D para otimizar ainda mais a nossa tecnologia e ganhar maturidade através da experiência no terreno", refere Jan Wurzbacher, cofundador e co-CEO da Climeworks.

Para além da Islândia, a empresa está a desenvolver vários centros de megatoneladas nos EUA, com a experiência operacional e de testes derivada das suas duas instalações comerciais na Islândia. "A construção de várias fábricas reais em sequências rápidas faz da Climeworks a empresa de remoção de carbono mais implantada com captura direta de ar", acrescenta o co-CEO.

A Climeworks iniciou a construção da Mammoth em junho de 2022. A central é construída em projeto modular, tendo 12 de um total de 72 contentores coletores atualmente instalados no local.

A empresa explica que, assim que o CO2 é libertado dos filtros, o CO2 é transportado para o subsolo, onde reage com a rocha basáltica através de um processo natural, transformando-se em pedra e ficando permanentemente armazenado.

A ambição da Climeworks é replicar os seus centros de megatoneladas em todo o mundo para atingir uma escala global.

O agravamento das alterações climáticas e os esforços inadequados para reduzir as emissões de CO2 criaram a necessidade de o remover artificialmente da atmosfera de modo a cumprir os objetivos climáticos globais.

Porém, os críticos desta tecnologia afirmam que é dispendiosa e advertem que o facto de se concentrar na remoção de CO2 pode dissuadir as empresas de reduzirem ao máximo as suas emissões.

 

 

 

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