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Financiamento climático do Banco Mundial atinge recorde de 42,6 mil milhões de dólares

Investimento aumentou 10% em relação ao ano transato, mas continua aquém do necessário para combater as alterações climáticas. Em 2025, a ambição é que o financiamento climático represente 45% do total de empréstimos.

20 de Setembro de 2024 às 09:40
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O Grupo Banco Mundial entregou um recorde de 42,6 mil milhões de dólares (38 mil milhões de euros) em financiamento climático no ano fiscal de 2024, que ocorreu de 1 julho de 2023 a 30 de junho de 2024.

Trata-se de um aumento de 10% em relação aos 38,6 mil milhões de dólares (34 mil milhões de euros) de financiamento climático do ano anterior e perto da meta de 45% do financiamento total dedicado a projetos climáticos.

O financiamento serviu para apoiar os esforços para acabar com a pobreza, investindo em energia mais limpa, comunidades mais resilientes e economias mais fortes.

O aumento de 4 mil milhões de dólares no financiamento climático durante o ano fiscal encerrado a 30 de junho mostra progressos no sentido dos objetivos do banco, mas está muito aquém dos recursos adicionais necessários anualmente para financiar a transição para as energias limpas nos mercados emergentes e nos países em desenvolvimento.

Na COP28, que decorreu em 2023 no Dubai, o Grupo Banco Mundial comprometeu-se a aumentar o seu financiamento climático para 45% do total de empréstimos para o ano fiscal que decorre de 1 de julho de 2024 a 30 de junho de 2025.

Ao mesmo tempo, estabeleceu o objetivo de que metade do financiamento climático do setor público – através do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), instituições que fazem parte do Grupo Banco Mundial - apoie a adaptação e a outra metade a mitigação das alterações climáticas. "Este objetivo destina-se a enviar um sinal aos países de que o Grupo Banco Mundial está concentrado nos desafios de adaptação que enfrentam", refere a instituição em comunicado.  

Relativamente ao ano fiscal que terminou agora, o Banco Mundial dá conta de que o BIRD e a AID, em conjunto, entregaram 31 mil milhões de dólares em financiamento climático, dos quais 10,3 mil milhões apoiaram especificamente investimentos em adaptação e resiliência.

A Corporação Financeira Internacional (IFC), o braço do setor privado do Grupo do Banco Mundial, disponibilizou 9,1 mil milhões de dólares em financiamento climático a longo prazo.

 

A Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA), o ramo de seguros contra riscos políticos e de melhoria do crédito do Grupo Banco Mundial, disponibilizou 2,5 mil milhões de dólares em financiamento climático.

Em conjunto, o financiamento climático do Grupo Banco Mundial representou 44% do financiamento total no exercício de 2024, que atingiu na totalidade 97 mil milhões de dólares. 

Alguns exemplos de projetos climáticos incluem a construção de mais de 900 novos abrigos contra ciclones e a reabilitação de outros 900 no Bangladesh, bem como apoiar o país na construção de diques costeiros, melhorar os sistemas de alerta precoce e investir no controlo da erosão para proteger centenas de milhares de pessoas das inundações provocadas por tempestades.

O financiamento também apoiou projetos para reduzir as emissões de metano e ajudar os agricultores a adotar práticas sustentáveis para produzir arroz no delta do Mekong, no Vietname, onde vivem 1,4 milhões de famílias produtoras de arroz.

Em Dakar, no Senegal, e no Cairo, no Egito, sistemas de Bus Rapid Transit (BRT) totalmente elétricos estão a ajudar a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a diminuir as emissões. Prevê-se que o BRT de Dakar, o primeiro na África Ocidental, reduza 1,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono ao longo da sua vida útil, enquanto a introdução de 100 autocarros elétricos no Cairo lança as bases para uma frota que diminuirá a poluição na cidade.

 

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