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Espanha investe mais 12 milhões de euros na dessalinização e reutilização de água

Governo espanhol anuncia novos investimentos numa altura em que o país se encontra em situação de emergência de seca em 14,6% do seu território.

13 de Setembro de 2023 às 12:13
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O Governo de Espanha vai investir 11.839 milhões de euros para promover a dessalinização e a reutilização da água, bem como a eficiência na utilização do recurso, através da melhoria de condutas e infraestruturas regulatórias, uma vez que o país enfrenta uma situação de emergência de seca em 14,6% do seu território.

Além disso, segundo avança a agência EFE, Espanha vai apostar também em novas tecnologias para a digitalização da gestão da água, sendo para isso acrescentados mais 3.060 milhões de euros ao Projeto Estratégico de Recuperação e Transformação Económica (PERTE).

Segundo o Relatório de Gestão da Seca de Espanha, apresentando nesta terça-feira, 14,6% do território espanhol está em situação de emergência devido à seca, enquanto que 27,4% está em alerta, uma vez que a precipitação média global está 17,1% abaixo do valor normal em relação ao período de referência 1991-2020.

Teresa Ribera, ministra interina da Transição Ecológica e Desafio Demográfico, refere que estes investimentos surgem porque o Governo está "consciente" das necessidades de água em todo o território.

É necessário realizar "importantes obras estruturais" para garantir o abastecimento aos cidadãos e à atividade agrícola, assegura a ministra, segundo a agência EFE, destacando que que o ano hidrológico "já começou em más condições" em setembro de 2022.

Isto obrigou-nos a "melhorar os indicadores dos Planos de Seca num ano particularmente seco", com "quase nenhum incidente" no abastecimento ou nas restrições de irrigação, exceto em algumas localidades específicas, segundo Ribera, que garantiu que "foi garantida água para todos", apesar da seca.

No entanto, esta situação "deve ser compatibilizada com o volume de água", acrescentou em conferência de imprensa. É necessário "intervir em situações de emergência, como as vividas em 2021-2022 e este ano, com medidas complementares", como isentar o pagamento de taxas e tarifas ou subsidiar a água dessalinizada", porque, além disso, tem sido necessário "minimizar o impacto nos sistemas produtivos", referiu a ministra.

 

 

 

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