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Espanha cria observatório para reduzir impacto das alterações climáticas na saúde

Trata-se do primeiro organismo transversal que cruza dados para combater ondas de calor e outros fenómenos que estão a impactar cada vez mais a saúde.

23 de Fevereiro de 2024 às 10:03
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Numa altura em que Espanha atravessa ondas de calor e períodos de seca sem precedentes, o Governo lança o Observatório de Saúde e Alterações Climáticas, com vista a mitigar os impactos que os fenómenos extremos têm na saúde humana.

A organização, lançada nesta quinta-feira, destaca-se pela sua composição interdisciplinar. Nasceu da necessidade de abordar transversalmente o impacto que as alterações climáticas têm na saúde e com o objetivo de coordenar de forma otimizada o trabalho de monitorização, antecipação e avaliação das medidas tomadas. Além disso, oferecer apoio técnico-científico às diversas entidades da administração pública espanhola para fazerem face aos desafios que as alterações climáticas colocam à saúde.

"O trabalho conjunto deste Observatório de Saúde e Alterações Climáticas tem evidentes mais-valias em áreas críticas para o progresso do nosso país: para o avanço da investigação científica, para a melhoria da capacidade de resposta do nosso sistema de saúde pública e para a gestão antecipada dos impactos das alterações climáticas", disse a vice-presidente Teresa Ribera no seu discurso de apresentação.

Segundo informação divulgada pelo Ministério da Ciência, Inovação e Universidades, até à criação deste observatório não existia um órgão que reunisse todas estas iniciativas e abordasse o problema de forma transversal. Com a sua implementação cumprem-se as disposições do Plano Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (PNACC), coordenado pelo MITECO, e do Plano Estratégico de Saúde e Ambiente (PESMA), coordenado pelo Ministério da Saúde.

O Observatório terá como funções rever e atualizar indicadores de saúde e alterações climáticas, de forma a e captar "o amplo espectro de riscos para a saúde associados às alterações climáticas". 

Irá criar um sistema integrado de avisos e alertas, que permitirá a consideração conjunta de diversas ameaças à saúde causadas pela existência de riscos compostos e em cascata associados às alterações climáticas. 

Terá também como responsabilidade promover uma cultura de autoproteção sobretudo junto de comunidades e grupos mais vulneráveis. 

A ministra da Ciência, Inovação e Universidades, Diana Morant, sublinhou que "a ciência pública espanhola é um pilar fundamental deste Observatório pioneiro". "Iremos promover a investigação científica sobre saúde e alterações climáticas no Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do nosso país, e depois iremos partilhá-la para ajudar a planear e tomar as melhores decisões e assim proteger os cidadãos".

Por sua vez, Mónica García, ministra da Saúde, destacou que o Ministério da Saúde "está a fazer e fará tudo o que estiver ao seu alcance para descarbonizar o sistema de saúde e proteger a população dos impactos das alterações climáticas", acrescentando que "a crise climática é uma crise de saúde pública".

 

 

 

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