Opinião
Brexit leva IPO para os mercados nórdicos
O Brexit tem sido um dos temas quentes do ano. Mas, quanto mais nos aproximamos da data para apresentar um plano para a saída do Reino Unido da União Europeia, menos certezas há em relação à forma como se vai processar o Brexit.
Um "soft brexit", "hard brexit" ou, até, uma saída desordenada são opções que estão em cima da mesa. E para já não se pode excluir nenhuma possibilidade, o que está a gerar alguma ansiedade entre os investidores europeus. Daí que, Londres, uma das praças mais importantes do Velho Continente, esteja a ser preterida por outros mercados para a realização de ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla anglo-saxónica). Segundo o Nasdaq, que opera alguns mercados nórdicos, cada vez mais empresas estão a escolher estas praças para dispersar capital em bolsa. "Mais de 10% de todas as empresas com quem falamos sobre uma potencial dispersão de capital não são nórdicas. Há um ano eram, talvez, entre 5 e 7%", explica Lauri Rosendahl, CEO do Nasdaq Nordic em Estocolmo, citado pela agência Bloomberg. Depois de grandes bancos de investimento e gestoras de ativos terem procurado alternativas para se fixarem após o Brexit, agora são as próprias empresas a escolher alternativas.
Jornalista