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Trump e a Rússia: e depois do amor, o que virá?

Depois de tanto se ter falado das ligações entre membros da administração Trump e a Rússia e de esta ter sido acusada de interferências na campanha presidencial norte-americana, os mísseis disparados contra uma base síria parecem ter feito voltar as duas potências aos velhos tempos: criticam-se mutuamente.

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A poucas horas de ir a Moscovo, o secretário de Estado Rex Tillerson chamou à Rússia "incompetente" por ter deixado a Síria continuar a ter armas químicas e acusou Moscovo de estar a tentar interferir nas eleições europeias deste ano, utilizando os mesmos métodos que usou nos EUA. O que está a mudar? No "New York Times", Ross Douthat escreve: "A administração Trump não tem especialistas normais de política externa entre os seus funcionários civis. Rex Tillerson pode ter uma pose realista e Nikki Haley um estilo moralista, mas nenhum fez parte destes debates antes. Mike Pence não tem a experiência de um Dick Cheney ou de um Joe Biden. (…) O que Trump tem são generais - James Mattis e H. R. McMaster e outros militares no gabinete, para além dos militares profissionais. E é esta equipa de generais, de nenhuma das habituais escolas de relações externas, que parece estar a marcar o passo. (…) Mas uma política americana ser dirigida por militares, em vez de ser influenciada por militares, seria uma coisa nova na história recente".

No "Washington Post", Josh Rogin argumenta: "Os EUA têm o objectivo de evitar que Assad consiga o seu principal intento, que é forçar a comunidade internacional a uma escolha entre apoiar o seu governo ou os extremistas. (…) Se Trump verdadeiramente acredita em evitar a chacina na Síria, deve instruir o governo americano a virar a sua atenção para Idlib antes que seja demasiado tarde". Já Elliott Abrams escreve no "Weekly Standard": "O Presidente é Chefe-Executivo desde 20 de Janeiro, mas esta semana actuou também como Comandante-Chefe. Finalmente aceitou o papel de líder do Mundo Livre."


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