Com James Mattis e John Kelly, são três os militares de carreira a ter posições de relevo junto de Trump. Está a mudar alguma coisa com a chegada da cavalaria. Assim parece. McMaster é um general habituado a dizer "não" e tem ideias muito próprias, como mostrou nalguns dos seus discursos, agora recuperados pela Newsweek. Disse ele: "Foi Aristóteles que primeiro disse que só vale a pena discutir o que está no nosso poder. Assim podemos discutir como prevenir conflitos particulares em vez de eliminar todos os conflitos, e quando o conflito é necessário, como ganhar. E na busca da vitória como preservar os nossos valores e tornar a guerra menos inumana." McMaster é formado em História.

No New York Times, Jonathan Stevenson escreve: "O profundo conhecimento do general McMaster das relações entre civis e militares e a sua reputação de não ir atrás de cantigas pode rapidamente torná-lo um crítico - e inimigo político - de Trump e do seu principal conselheiro, Stephen Bannon. (…) Ao mesmo tempo o general McMaster tem mais cabeça fria do que Flynn, ou mesmo John Bolton, a quem ganhou o lugar." No Weekly Standard, Thomas Donnelly também reflecte sobre o tema: "Ao nomear o general McMaster como novo conselheiro nacional de Segurança, Donald Trump tomou um primeiro passo para restaurar a confiança na capacidade da Casa Branca para enfrentar os desafios dos tempos de experiências. Simultaneamente a escolha levanta profundas questões sobre a relação entre os militares americanos, o nosso governo e toda a sociedade. (…) O risco não é o da presença de que tantos generais militarizem a política externa, mas de que os militares profissionais se politizem."