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Os incêndios e a idade dos porquês?

Os incêndios continuam a marcar, de forma indelével, a actualidade nacional. Depois do espanto da tragédia, as opiniões confluem agora para a necessidade de obter respostas. Há inquietação. Muita inquietação.

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No Diário de Notícias, Pedro Tadeu formula perguntas. "Porque é que nas florestas das celuloses quase não há incêndios? Porque é que Portugal é o país europeu com maior número de incêndios por mil habitantes? Porque é que tem de morrer gente nos incêndios florestais em Portugal. Porque é que... Não, não podemos parar de fazer perguntas, muitas perguntas".

João Miguel Tavares, no Público, também opina sobre o tema de forma interrogativa. "A pergunta que me interessa ver respondida: que dimensão precisa de ter uma tragédia para mudar o rumo do país?" Paulo Rangel, no mesmo jornal, deixa uma exigência: "É necessário garantir sem reservas que o apuramento das responsabilidades de todo o tipo vai fazer-se na primeira oportunidade." Também no Público, David Dinis, enumera as sete perguntas que o jornal vai repetir até obter respostas. Entre elas, quatro sobre Pedrógão. "O que aconteceu realmente no terreno? A coordenação existiu? Quem deu ordem para fechar estradas? Quando foi accionado o plano de emergência?"

No Jornal de Notícias, prossegue a onda de perguntas. "Como foi possível a morte de 47 cidadãos numa estrada aparentemente esquecida no furacão do fogo, e centenas de pessoas sós a combater as chamas e o medo de ser engolidas por elas?", questiona Paula Ferreira. Nuno Garoupa, no DN, ensaia uma síntese. "Agora são dias de luto. Depois teremos o tempo de apuramento das responsabilidades. Sem confundir culpa e responsabilidade. Sem confundir apuramento de responsabilidades políticas e demissão/culpabilização da actual ministra (que, inevitavelmente, terá de ser substituída)."
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