Opinião
O Partido Pirata à beira de tomar o poder na Islândia
Os islandeses são diferentes e gostam de se afirmar assim.
Depois de a Justiça do país ter condenado alguns banqueiros pelos problemas no sector que levaram a Islândia para um resgate financeiro, já este ano forçaram a demissão do primeiro-ministro, envolvido na polémica dos papéis do Panamá. Agora, esta terra de vikings está a um passo de inovar novamente: eleger para o poder o Partido dos Piratas.
A Quartz dedica um longo artigo a este fenómeno, com Jill Petzinger a descrever o Partido Pirata como "o Robin Hood do Poder". "Uma promessa atraente num país onde um crash devastador durante a crise de 2008 provocou uma onda de ressentimento contra o sistema".
Griff White, no Washington Post, reflecte sobre o que se pode esperar das eleições do próximo sábado. "A uma sequência de impossibilidades eleitorais que subitamente se tornaram realidade - incluindo o Brexit do Reino Unido ou Donald Trump ganhar a nomeação republicana - o mundo pode vir brevemente a adicionar um Governo europeu liderado pelo Partido dos Piratas".
A própria líder "pirata", Birgitta Jónsdóttir, admite estar surpreendida com o sucesso do jovem partido. Mais, afirma que, mesmo que os piratas ganhem as eleições, não faz questão de liderar o país. Só o fará "se mais ninguém quiser ou conseguir fazê-lo". Este sábado saberemos como correrá esta abordagem pirata ao poder na Islândia.
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