Opinião
Macron e o labirinto de May no Reino Unido
Emmanuel Macron continua a fascinar os franceses e a assumir-se como uma espécie de símbolo anti-populismo na Europa. Mais do que isso, este líder instantâneo está a servir de teste à tese de que os partidos tradicionais estão perdidos, sim, mas isso não significa que os extremos partidários tenham o campo aberto.
Hugo Drochon, professor universitário, analisa no Guardian os desafios do novo líder. "Ao posicionar-se à esquerda e à direita, Macron aspirou a maior parte do espaço do centro, deixando à direita moderada o encargo de disputar o resto com a extrema-direita e a extrema-esquerda", afirma, isto num cenário em que os socialistas ameaçam desaparecer do mapa. Veremos neste fim de semana.
No Público, Francisco Assis também olha para lá do Canal da Mancha. "O estado de confusão mental denotado no discurso dos conservadores é de alguma forma o reflexo de um desnorte mais geral induzido por uma verdadeira crise de identidade nacional", afirma, explicando que a fraqueza total de May não promete ajudar nas fundamentais negociações com a União Europeia.
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