Opinião
O ano que não termina
Quando parecia que vencíamos, logo desvanecíamos, uma e outra vez. Foi o ano em que nos sentimos como o mítico Sísifo, condenado a empurrar uma enorme pedra montanha acima, para a ver rolar encosta abaixo sempre que atingia o cume. A ciência e a sua vacina vieram salvar-nos dessa eternidade.
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O Negócios escolheu a palavra desumano para definir 2020. Fazemo-lo porque a pandemia trouxe uma crueldade que o mundo não conhecia desde a última Grande Guerra, de que a mórbida contagem de mortos da covid-19 é só a maior manifestação. O mundo empobreceu, tornou-se ainda mais desigual, os indigentes caíram ainda mais na indigência.
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