Opinião
Os talibã e o dólar
É tentador qualificar o fracasso da América no Afeganistão como inconsequente para o dólar. Afinal de contas, a nota verde resistiu à queda de Saigão em 1975 e ao fiasco no Iraque depois da invasão norte-americana em 2003. Porque é que desta vez seria diferente? Em última análise, a resposta depende das expectativas de cada um sobre a evolução da economia mundial e do comportamento dos seus principais intervenientes financeiros, nomeadamente a China e a União Europeia.
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Neste mês assinala-se o 50.º aniversário do fim do sistema de Bretton Woods, quando o presidente norte-americano Richard Nixon suspendeu a convertibilidade do dólar em ouro e permitiu que a nota verde passasse a flutuar livremente. Estamos também próximos do 20.º aniversário da retirada dos talibã do poder no Afeganistão, pelas mãos das forças da coligação liderada pelos Estados Unidos. Agora que os talibã
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