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01 de Abril de 2014 às 16:30

Startups: Os cinco fatores mais importantes a ter em conta

Sem investidores é difícil às startups poderem crescer, tanto pela necessidade de financiamento como pela oportunidade de, supostamente, usufruir da experiência e rede de contactos dos investidores. Mas, o que é que os investidores (Venture Capitalists ou Business Angels) buscam numa oportunidade de investimento?

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Equipa

Os investidores preferem sempre investir numa equipa excelente com uma ideia ou negócio bom do que numa equipa boa com um negócio excelente. A razão é simples, o negócio muda, o que parece excelente pode vir a ser medíocre a curto prazo e numa situação dessas vai ser a excelência da equipa que vai ditar se a empresa se vai conseguir adaptar e reinventar. Teoricamente uma equipa desta natureza tem capacidade tecnológica para desenvolver o produto, capacidade de marketing e vendas para o colocar no mercado e capacidade de gestão, e em particular um CEO que consiga gerir a equipa e os investidores.

 

Produto

Os investidores não investem em produtos, investem em negócios. Os investidores procuram dentro dos negócios produtos ou serviços que sejam ou completamente disruptivos ou pelo menos que incrementalmente se diferenciem significativamente do que há no mercado. E procuram produtos que não sejam facilmente copiáveis, daí a preocupação constante com a proteção da propriedade intelectual (patentes e trade secrets).

 

Business Model

Mesmo que o produto seja excelente, a forma como se retiram dividendos da sua comercialização pode fazer toda a diferença no sucesso da empresa. Vendemos o produto, ou recebemos uma renda mensal pela sua utilização? O nosso cliente é o cliente final, ou seremos fornecedores de uma solução a quem já tem acesso aos clientes finais. A que parte da supply chain podemos acrescentar valor e a quem vamos ameaçar com a nossa entrada?

 

Mercado

A questão da dimensão do mercado é cada vez mais determinante na avaliação de um investimento. A regra tem-se vindo a consolidar que um VC não olha para um mercado potencial de menos de 1000 milhões de USD. Ou seja, obviamente ninguém (profissional) investe em empresas com ambições que não sejam globais e em categorias que não sejam relevantes em termos de volume, ainda que um nicho dentro de uma industria maior. 

 

Competição

Muitos maus investimentos têm sido feitos e se continuam a fazer por falta de conhecimento dos promotores e dos investidores sobre a competição existente e futura, a uma nova empresa em questão. É aqui que se torna fundamental a especialização da equipa investidora e a sua rede de contactos internacionais de forma a se poder despistar a existência de competidores relevantes.

 

A julgar pela dinâmica das startups Portugueses, em breve teremos grandes sucessos internacionais Made in Portugal.

 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico. 

 

Stephan Morais

Administrador Executivo – Executive Director

Caixa Capital

 

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