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Pois fechem!

Há dias um contestatário das portagens nas SCUT respondia assim a um jornalista, que lhe perguntava se tinha plano B: "Tenho. É ficar em casa". No fim-de-semana, a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) convocou uma marcha lenta...

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Há dias um contestatário das portagens nas SCUT respondia assim a um jornalista, que lhe perguntava se tinha plano B: "Tenho. É ficar em casa". No fim-de-semana, a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) convocou uma marcha lenta de camiões para reivindicar a redução do preço do gasóleo, redução das portagens nas auto-estradas, não introdução de portagens nas SCUT e mudança do Código do Trabalho.

Os transportadores são a imagem do País: vivem encostados ao Estado. Não lhes passa pela cabeça que quando se planeia um negócio ele tem de ser rentável apesar de todas as obrigações inerentes: segurança social, impostos, salários… Preferem apostar em margens artificiais, conseguidas à custa do contribuinte, esquecendo-se que não estão a criar riqueza… mas a destruir valor. Porque os impostos que os sustentam são um fardo para o resto da economia: contribuintes individuais (sobretudo os que não utilizam auto-estradas)… e empresas que, pressionadas pela carga fiscal, investem menos. Ou não investem de todo.

Os transportadores dizem que estão em risco cinco mil empresas. Paciência. No curto prazo até pode haver destruição de postos de trabalho. Mas são recursos que serão úteis noutros sectores, onde se cria valor. Além de que a ANTP precisa de entender que este é um negócio cada vez mais de escala, devido à abertura das fronteiras, regulamentação apertada e aumento dos combustíveis. Ou seja, antes de propor subsídios a Associação devia encorajar fusões e aquisições entre as 10.578 empresas do sector (onde existem muitos operadores de vão de escada).




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