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"Pinimizar" Portugal

Belmiro de Azevedo acertou no alvo: "Portugal tem uma agenda paupérrima, do ponto de vista político, económico e social". O culpado, diz, é José Sócrates. Tem razão. A "terceira via" de Sócrates faliu. Sobrevive, apenas, porque as alternativas fazem apena

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Mas, ninguém duvida que, neste momento, a defesa de Sócrates é uma espécie de Linha Maginot. Quando existir alguém capaz de lançar uma guerra relâmpago, o poder do primeiro-ministro ruirá como um edifício caduco. A agenda de Sócrates é um baralho de cartas cheio de truques e com um défice de conteúdo. Pior: à sombra do "socratismo", o país substituiu os "jobs for the boys" (algo que aplaudiu) pela "pinimização" dos lugares. Pina Moura simboliza a agenda política de Sócrates.

Não é o homem em si ou o cargo para onde vai, mas o seu clone. Sócrates coloca as câmaras de eco do poder nos lugares que se abriram, cria lugares para os colocar, põe-nos em lugares que antes não existiam. A "pinimização" não é punível, a não ser moralmente: é um acordo de cavalheiros socialistas, enquanto o país assiste, serenamente, à distribuição de lugares. Face a isso a prometida reforma e modernização do país esgota-se em "Novas Oportunidades" que deveriam fazer corar de vergonha quem aceita campanhas destas. Sócrates não quer um país novo. Quer um recanto de primos com sucesso e a "pinimização" dos lugares. O país está exangue. E a agenda de Sócrates já não convence a elite do país.

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