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O crime organizado agradece

Não há semana em que a Polícia Judiciária ou o Ministério Público não andem nas bocas do mundo. Pelas piores razões. A última foi a substituição do director da Judiciária, no Porto, por alguém que, segundo o Correio da Manhã, está sob investigação por lig

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Antes desta demissão tinham sido as alegadas divergências entre Maria José Morgado, a magistrada nomeada por Pinto Monteiro para dirigir o “Apito Dourado”, e a equipa que investigou as agressões a Ricardo Bexiga. Há dois meses ficámos a conhecer o desagrado da Judiciária do Porto pela nomeação de uma equipa especial do Ministério Público para investigar a violência nos negócios da noite.

É difícil perceber o que está por trás de toda esta agitação (desde que Marques Vidal abandonou a Judiciária ninguém passou mais de dois anos no lugar). Guerras de lobbies? Corporativismo? Outros problemas, mais profundos? Não sei. Mas não é difícil adivinhar o impacte destes conflitos no rendimento daquelas instituições: a energia desperdiçada em guerras intestinas faz falta à investigação criminal. Ora nada dá mais jeito ao crime organizado, cujos tentáculos têm vindo a crescer, do que estas “distracções” da Judiciária e do Ministério Público. Será que ninguém (Alberto Costa incluído) percebe isso? Aí está um bom assunto para uma conversa entre Cavaco Silva e José Sócrates.

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