Opinião
O bruxo do PSD
O primeiro-ministro da Letónia confessou que foi à bruxa para tentar saber como irá ser o futuro do seu país. O que é normal. O PSD tem um problema maior: já foi ao professor Kamadu, ao bruxo Pepe e a 200 videntes e nenhum lhe consegue dizer...
O primeiro-ministro da Letónia confessou que foi à bruxa para tentar saber como irá ser o futuro do seu país. O que é normal. O PSD tem um problema maior: já foi ao professor Kamadu, ao bruxo Pepe e a 200 videntes e nenhum lhe consegue dizer qual vai ser o seu líder.
O problema do PSD é que há falta de candidatos. Há, claro, Pedro Passos Coelho, mas já se percebeu que a nomenklatura do PSD não o suporta. E por isso a direcção do PSD busca desesperadamente, numa bola de cristal, quem se possa candidatar para vencer Passos Coelho. Enquanto isso, colocou o partido a soro. O PSD vive, neste momento, num mundo paralelo. É um personagem de "Lost". Existe apenas como holograma. Mas parece que vai continuar assim enquanto a nomenklatura do partido assiste ao desfile de todos os candidatos a candidato. Tem sido um desfile estilo "miss Verão de Vila Pouca de Nenhures", com uma pequena "nuance": todos têm medo de se candidatar para perder. O problema maior do PSD é que não se discutem estratégias. Sabe-se que, hoje, os partidos delegam o seu pensamento, ou a falta dele, na figura de um líder. Mas o PSD, na oposição, não pode querer ser oposição séria apenas com a escolha de um rosto. Tem de ter, para ser credível, uma estratégia política, económica, cultural e social para o País. Coisa que continua a não discutir, como se tivesse medo de ter ideias. Num momento em que Sócrates faz alianças pontuais com todos os que jurara combater até ao fim, o PSD ressona, sonhando que um dia vai beijar um sapo que se transformará em príncipe.
O problema do PSD é que há falta de candidatos. Há, claro, Pedro Passos Coelho, mas já se percebeu que a nomenklatura do PSD não o suporta. E por isso a direcção do PSD busca desesperadamente, numa bola de cristal, quem se possa candidatar para vencer Passos Coelho. Enquanto isso, colocou o partido a soro. O PSD vive, neste momento, num mundo paralelo. É um personagem de "Lost". Existe apenas como holograma. Mas parece que vai continuar assim enquanto a nomenklatura do partido assiste ao desfile de todos os candidatos a candidato. Tem sido um desfile estilo "miss Verão de Vila Pouca de Nenhures", com uma pequena "nuance": todos têm medo de se candidatar para perder. O problema maior do PSD é que não se discutem estratégias. Sabe-se que, hoje, os partidos delegam o seu pensamento, ou a falta dele, na figura de um líder. Mas o PSD, na oposição, não pode querer ser oposição séria apenas com a escolha de um rosto. Tem de ter, para ser credível, uma estratégia política, económica, cultural e social para o País. Coisa que continua a não discutir, como se tivesse medo de ter ideias. Num momento em que Sócrates faz alianças pontuais com todos os que jurara combater até ao fim, o PSD ressona, sonhando que um dia vai beijar um sapo que se transformará em príncipe.
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