1. Mercados esperam de Draghi ações, não mais palavras
Os termos dominantes da semana informativa foram, de longe, o Banco Central Europeu e o seu presidente, Mario Draghi. E isto sem que tenha acontecido nada - o que acentua o dramatismo do impasse político-económico que a Europa vive. Reagindo às declarações de diversos quadrantes alemães e à pressão de entidades como o FMI, Draghi repetiu palavra por palavra que "tudo será feito para preservar o euro".

Acrescentando: "e, acreditem-me. isso será suficiente". Palavras. Ou seja: mais uma semana sem um compromisso de ação nem a execução das promessas anteriores. Vislumbram-se detalhes de uma intervenção no mercado da dívida soberana que se prepara nos bastidores, através do demorado jogo de negociações que é a política.

Mas os mercados esperavam ação, não mais palavras que deixam aberta a porta a um volte-face. A bolsa de Madrid afundou mais de 5%, Milão um pouco menos. Draghi as levou para cima há uma semana, Draghi as atirou baixo ontem.



2. SONY
Mais um trimestre, mais uma recaída: O lucro da Sony caiu 77%, mais do que o esperado, levando a empresa a baixar a previsão anual. A entrada de um novo líder em abril, Kazuo Hirai, não chegou para inverter a situação da gigante nipónica, que começa a tornar-se difícil de resolver. As suas ações atingiram em julho o valor mínimo dos últimos 32 anos. As consolas de jogos não é o pior setor: o problema está na queda das vendas de televisores.



3. BANK OF ENGLAND
O banco central do Reino Unido manteve as taxas de juro em 0,5% e o valor do quantitive easing nos 375.000 milhões de libras. A medida não surpreendeu propriamente: já se esperava que o BoE se mantivesse conservador no que respeita a mais estímulos económicos. Até porque entrou este mês em cena o "funding for lending", um esquema de financiamento que deverá proporcionar algum alívio às empresas. É esperar para ver.



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