O resultado final da candidatura à organização do Mundial de Futebol de 2018, foi: KGB-5-0-TGV. No momento em que Joseph Blatter anunciou o nome da Rússia, António Mendonça perdeu a razão de viver e entrou em depressão "à grande vitesse". Não bastava os russos quererem comprar dívida dos aflitos europeus ainda nos fazem poupar uns milhões no TGV. Estão a ver se nos ensinam a ter juízo. Deve ser por isso que lhe chamam: Mãe Rússia.

As quarenta horas de jogos do mundial de futebol, que o país ia ter em 2018, eram o apito que podia pôr a andar o comboio. Agora resta, talvez, apostar num TransTejoSiberiano. O TGV português fez lembrar aquele Lisboa-Dakar; que começou em Belém e acabou em Algés. É no que dá o governo alinhar em concursos - bem que Sócrates defendia que os Mundiais de Futebol deviam ser feitos por ajuste directo.

Esta candidatura Ibérica era, a meu ver, arriscada porque apostava na componente ambiental e, no seu dossier, garantia que «por cada golo marcado no Mundial serão plantadas mil árvores na Península Ibérica». Um risco enorme devido, mais uma vez, à falta de visão dos nosso governantes. Imaginem que em 2018 as regras de futebol foram alteradas e as balizas alargadas e não existe fora de jogo. Se calha os jogos acabarem 11-8 ou 16-14, vamos passar a viver na Amazónia?! Vão pôr uma catana gigante na frente do TGV?!

O Professor Marcelo viu o falhanço da candidatura Ibérica como um sinal de fim de ciclo para este governo - para além da carrada de livros, ainda tem tempo para ler o futuro numa bola de futebol - eu vejo uma oportunidade para um novo ciclo. Eu explico.

Esta união convicta entre Espanha e Portugal valeu pela oportunidade de dar uma cabazada aos espanhóis e pelo prazer de ver que os nuestros hermanos perderam muito mais que nós com a vitória da Rússia. A última vez que fizemos uma sociedade parecida, com o que era a candidatura Luso-ibérica, foi quando cá tivemos os Filipes. Que, se bem me recordo, depois foram-se embora e nunca mais nos devolveram Ceuta. Se calhar, acabava o Mundial e eles recusavam-se a entregar o Estádio do Dragão. A tradição é andar à pancada com os espanhóis, não é cá sociedades.

Por isso é que eu proponho - declarar guerra à Espanha.

Precisamos de uma motivação, de uma razão, que finalmente una todos os partidos e todos portugueses - guerra com espanhóis - é a nossa cara. Aposto que o Ministro Luís Amado consegue declarar guerra aos nossos aliados ibéricos com a subtileza, categoria e educação que o caracterizam. E aposto que a Venezuela está do nosso lado.

Se a nossa associação com a Espanha, na realização do Mundial, tinha como objectivo arranjar uma razão para justificar o dinheiro que íamos gastar no TGV, declarar guerra à Espanha pode ser a oportunidade para justificar a compra dos submarinos.

Não temos nada a perder. Antes pelo contrário. Se perdermos eles ficam com a nossa dívida. Se ganharmos…aaa…vamos por aí fora. E só paramos em Berlim - o gozo que dava bombardear Hamburgo com o Tridente comprado aos alemães.

Todos para Olivença, já e em força!