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25 de Maio de 2012 às 12:41

Doenças de escritório

Sou muitas vezes acusado por pessoas parvas (cuja opinião prezo muito) de: "não abordar os assuntos verdadeiramente importantes da nossa sociedade" que, sinceramente, não me lembro quais são.

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Sou muitas vezes acusado por pessoas parvas (cuja opinião prezo muito) de: "não abordar os assuntos verdadeiramente importantes da nossa sociedade" que, sinceramente, não me lembro quais são. Acho esta crítica injusta e falsa como quem escreveu aquelas coisas sobre Judas na parede do estádio de futebol do Galileia F. C.

O meu método de trabalho é relativamente simples. Antes de começar o texto para o Weekend do Negócios, o que faço é olhar para o mundo, reflectir e depois fazer um animal com balões - que é uma coisa que me ficou de uma vez que fui mordido por um palhaço no Chapitô.

Hoje, por exemplo, reflecti (e fiz uma codorniz com balões azuis) e resolvi escrever sobre doenças; porque não sou de evitar assuntos e não tenho problemas em afirmar que sou contra algumas doenças. E sou, especialmente, contra aquele tipo de doenças que causam mau ambiente no local de trabalho.

Para começar, temos a Ginecomastia. O que é a ginecomastia? A ginecoiso é uma doença que faz crescer seios em indivíduos do sexo masculino, muitos deles já com a vida feita. Eu já trabalhei num escritório com um indivíduo, a quem vamos chamar - Tomé - (porque é assim que está no BI) que tinha mamas. Por acaso, era o segundo melhor par do escritório. E por que é que a ginecomastia pode causar problemas no trabalho? Porque organizávamos torneios de futebol só para podermos escolher o Tomé para a equipa dos que jogam sem t-shirt. Acaba por dar mau ambiente. E, infelizmente, sei de um homem de cinquenta anos, pai de família, que foi expulso da praia por fazer "topless".

Outro exemplo de doenças que dão muito mau ambiente de trabalho é a chamada halitose. A halitose é o terror das manhãs do escritório. Os doentes de halitose normalmente parecem não ter consciência que sofrem da dita doença e, à segunda-feira, logo pela manhãzinha, dizem - Bom dia - e de imediato ficamos a saber que, no fim-de-semana, ele foi à Bairrada e comeu leitão com "pickles". Eu não gosto de ser desagradável com os meus colegas de trabalho mas, várias vezes sugeri o bochechar com Wc Pato, do verde, que sabe a mentol. Ou então, deixar dissolver um daqueles pinheiros de cheiro na boca, pondo-o por baixo da língua antes de se deitar.

Outra doença que também traz um certo stress a um escritório está nas pessoas com tiques. Porque, sejamos honestos, as pessoas com tiques, no fundo, são pessoas que são maluquinhas de dois em dois minutos. Coçar a garganta, estalar a língua, estalar os dedos, fazer sons com o céu da boca, com a regularidade de um relógio de cuco, pode levar a que uma pessoa normal mate a outra com uma resma de folhas A4. E lá está. O que ficou maluco um minuto na vida paga pelo outro que é maluco de dois em dois. A vida é injusta.

E por hoje ficamos por aqui, que eu tenho o Tomé lá em baixo a apitar para irmos à piscina e ele veio com aquele cai-cai que lhe fica espectacular. Até para a semana.




Adenda para o encolhimento

1. Está visto que Cavaco não lê o "Público" desde o episódio das escutas.

2. Vai o telemóvel de Relvas sozinho ao Parlamento e a Assunção Esteves põe em alta voz.

3. Relvas depositou 2000 euros na conta da jornalista do "Público".

4. Começou a agenda para o crescimento - A ERC precisa de contratar mais gente só para tratar dos casos que metem o Relvas.

5. "Contestar o IMI pode custar três mil euros." - o Google é Deus.

6. Portugal e Irlanda consideraram postura da Grécia "inaceitável" - e vão mandar fechar a Islândia.

7. A carta de Relvas para a ERC não parece de quem é acusado de pressão sobre o jornal. Parece mais de quem quer ser júri de patinagem artística.

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