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Debate sonolento

Ir ao Parlamento é uma rotina para o Governo. Até porque com a oposição entretida a chicotear-se a si própria, o executivo pode muito bem fazer piruetas que nem assim assume uma posição excessivamente ridícula. O Governo sabe que pode não ter razão sobre

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É suficiente o primeiro-ministro sorrir para que o PS solte uma gargalhada. A democracia representativa tem destas coisas. É um "reality show" bem ensaiado a favor das maiorias. E, como se viu, em mais um exercício de "marketing" governamental, Sócrates não brinca em serviço. É um tenor que traz a sua ária bem ensaiada. Prepara-se bem e riposta com volta altiva. O PSD, por exemplo, tem o problema de não ter os "dossiers" bem estudados. A oposição vegeta enquanto o Governo faz a sua função clorofila. Neste último debate a oposição não conseguiu tornar os vidros do palácio governamental em estilhaços. O país chora entristecido. Devido à oposição que tem. A culpa até é capaz de não ser sua, mas da imagem que transmite do que diz. Ou que não diz. Em condições normais o Governo teria receio da pateada quando defende coisas inimagináveis. Tremeria com a pateada da oposição. Mas quando esta, para brilhar, necessita que Santana Lopes eleve a voz, o Governo pode suspirar. Santana representa-se a si próprio. E o Governo pode ir dormir a sesta. Os debates parlamentares em Portugal fazem sono. Quando é que despertarão outra vez os portugueses?
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