A iniciativa desagrada a quem não está nos partidos dominantes e a alguns "especialistas" (Francisco Louçã associa círculos uninominais a "corrupção política generalizada").

Os "especialistas" têm uma tese parecida. Falta saber o que pensam CDS e PCP. Embora se desconfie?

Há três coisas que parecem escapar a estes iluminados: os círculos uninominais aproximam eleitos e eleitores (ajudaria a ultrapassar o divórcio entre políticos e populações); os grandes avanços do país, a vários níveis, aconteceram com governos mono partidários (Cavaco e, agora, Sócrates); há formas de controlar a corrupção: v.g. declarações de rendimento e património (além de outras?).

Como já se percebeu, a verdadeira razão das críticas é outra: com círculos uninominais, parte dos iluminados não seriam eleitos. O Parlamento perderia "cor" sem eles? Sim, mas em contrapartida o país ganharia em governabilidade (desde 1976 houve apenas três governos maioritários).

E isso faz muita diferença.

P.S. - Pela primeira vez, uma universidade portuguesa, a Católica, aparece no "ranking" de Executive Education do "Financial Times". Bravo!