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Bem-vindos à universidade! E agora?

No dia 29 de agosto, a Católica-Lisbon será a primeira instituição de ensino superior em Portugal a dar as boas-vindas aos novos alunos universitários. A classe de 2024-2027 dos cursos de Economia e de Gestão é composta por 350 alunos, com média de candidatura dos alunos admitidos superior a 17 valores e com mais de 15% de candidatos internacionais.

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A grande aventura do ensino superior vai (re)começar. No dia 29 de agosto, a Católica-Lisbon será a primeira instituição de ensino superior em Portugal a dar as boas-vindas aos novos alunos universitários. A classe de 2024-2027 dos cursos de Economia e de Gestão é composta por 350 alunos, com média de candidatura dos alunos admitidos superior a 17 valores e com mais de 15% de candidatos internacionais. Nesse mesmo dia daremos também as boas vindas a mais de 650 alunos de mestrado, dos quais 75% são internacionais. Esses alunos internacionais vêm viver para Lisboa por escolherem a Católica para os seus estudos, trazendo uma diversidade de culturas, experiências e formas de pensar que beneficiam a aprendizagem de todos.

O que podem esperar estes 1.000 novos alunos universitários da Católica Lisbon School of Business and Economics, em particular aqueles que agora iniciam o seu percurso universitário?

A universidade é o local da formação do jovem adulto na sua integridade, conhecimento e valores. A primeira experiência que terão na Católica, depois do dia de boas-vindas à nova classe, é a praxe solidária em que irão recolher restolho de batata nos campos da Golegã, batatas essas que serão depois entregues a instituições sociais. Uma experiência de trabalho em equipa, de trabalho solidário e de aposta na sustentabilidade para criar um mundo em que o desperdício não tem lugar.

Depois começarão as suas aulas onde aprenderão a analisar e entender a realidade económica, social e empresarial do nosso mundo, através de conhecimento estruturado em modelos científicos traduzidos em ferramentas práticas. Mais do que memorizar conhecimento, irão aprender a pensar, a fazer as perguntas relevantes e a usar as ferramentas certas para encontrar as respostas apropriadas.

Esse contexto de aprendizagem é facilitado por um ambiente de forte colaboração com os professores, e de ligação com mentores voluntários da rede de graduados da Católica-Lisbon. Um ambiente onde o mérito é privilegiado e a entreajuda recompensada, já que todos os alunos que tiverem um bom desempenho académico receberão bolsas de estudo. Nessa cultura altamente colaborativa também entre colegas, farão amizades que perdurarão a vida inteira e, frequentemente, encontrarão também o(a) companheiro(a) para a vida.

Quando se graduarem, encontrarão um mercado de trabalho desafiante, mas aberto, em que a taxa de empregabilidade é virtualmente 100%. O desafio não será encontrar emprego, mas planear uma carreira profissional que corresponda às suas aspirações. Trabalharão em áreas económicas e empresariais cada vez mais importantes para o futuro da sociedade, pois a prosperidade e progresso dependem de um economia sólida e de um setor empresarial dinâmico, inovador e competitivo.

Encontrarão também um mercado de trabalho em transformação acelerada, em que a inteligência artificial criará disrupção em centenas de profissões e potenciará centenas de outras. Aqueles que se graduarem da universidade com sólidas competências no uso de ferramentas tecnológicas irão prosperar, pois o valor e eficácia do seu trabalho será potenciado. Aqueles que resistirem verão as suas competências e valor diminuídos.

Encontrarão ainda uma sociedade cada vez mais polarizada em ideologias, muitas delas estéreis, e um ambiente geopolítico mais tenso e perigoso. Uma sociedade a lidar com desafios de sustentabilidade cada vez mais críticos, como as mudanças climáticas e as desigualdades económicas e sociais. Ter sensatez, discernimento e valores humanistas, colocando a criação de valor e o bem-estar da humanidade e do planeta no centro, será essencial. E perceber que falar de humanidade é tanto dar atenção ao nosso próximo, como ajudar a nossa comunidade ou fortalecer a espécie humana, procurando dar escala e robustez ao impacto que criamos.

Por tudo isto, o grau de responsabilidade que terão que exercer é grande. Nos ombros e coração das novas gerações, depositamos o nosso futuro coletivo. Por isso, a universidade e a formação que proporciona é tão importante para as sociedades. É assim hoje e há mais de mil anos. Das 100 mais antigas instituições do mundos que perduram até hoje, 85 delas são universidades.

E falando de universidades, esta semana foram divulgados os resultados do concurso nacional de acesso ao ensino superior público. Cerca de 50.000 alunos foram colocados, de entre 58.300 candidatos a 54.600 vagas. 86% dos alunos tiveram colocação, o número mais elevado dos últimos cinco anos e 56% deles foram colocados no curso de sua primeira preferência.

São números positivos de adequação do sistema universitário português à procura, mas são também números que permitem vislumbrar desafios. O número de candidatos foi inferior ao ano anterior, tendência que já vem de 2022. A geração que agora entra na universidade é a geração de 2006. Nesse ano nasceram em Portugal 105.500 bebés, menos 4.000 que em 2005. Em 2010 eram apenas cerca de 101.000 a nascer, e o número caiu fortemente para cerca de 82.500 em 2013 e 2014. Ou seja, é de esperar um ligeiro declínio do número de candidatos ao ensino superior nos próximos 3 anos e depois uma queda bastante acentuada que poderá chegar aos 15-20%. Isso poderá levar o sistema a ficar desajustado em termos da sua estrutura e dimensão, com um aumento das vagas sobrantes.

Neste contexto, o caminho mais natural e benéfico para Portugal é a abertura à internacionalização, aumentando consistentemente o número de alunos internacionais que vêm estudar para Portugal, aproveitando a excelente relação de qualidade/preço do nosso sistema. Temos cerca de 3-4 anos para fortalecer esta aposta, aproveitando também os desafios vividos em destinos tradicionais como os EUA e o Reino Unido. É uma oportunidade que Portugal não poderá perder pois pode tornar-se num polo de atração do melhor talento internacional de alunos e professores, bem como de cientistas. A área de Ciências Económicas e Empresariais é a área com maior mobilidade e mercado global e está na dianteira desse processo de internacionalização. É também a área na qual as escolas de negócios portuguesas, como a Católica-Lisbon, estão cotadas entre as melhores do mundo nos “rankings”, podendo ser a fundação de um “cluster” competitivo de ensino superior.

 

O grau de responsabilidade que terão que exercer é grande. Nos ombros e coração das novas gerações, depositamos o nosso futuro coletivo.
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