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A retaguarda da vanguarda

Na sociedade portuguesa há quem julgue que é a vanguarda. Porque reclama contra qualquer tentativa de pôr em causa um «direito adquirido». Não percebe que, neste momento, é a vanguarda do atraso.

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Ainda vive na ilusão, embalada por um berço que os tornou profissionais da retórica, que está na linha da frente. De um combate que julga existir. E que, na realidade, mudou de campo de batalha. Muita dessa vanguarda ainda pensa que está na luta de trincheiras da I Guerra Mundial e acha que a guerra relâmpago é uma invenção da idade do espectáculo.

A vanguarda dos «direitos adquiridos» acha que espanta a crise desde que grite. Não entende que está numa câmara de eco. Diz que quer lutar pelo desenvolvimento mas, ao mesmo tempo, tira o tapete a todos os que tentam fazer isso. Essa vanguarda quer ser um tigre, mas é de papel. Lidera conceitos em declínio. Não conserva direitos, unta-os em ferrugem. É por isso que Portugal imerso em excepções, em tronos dourados, não avança: estanca.

A sociedade representada por estas vanguardas é um sistema planetário que gira à volta do Estado. Sem ele perde a sua capacidade de existir. Estas vanguardas não são conservadoras. São conservas que deveriam estar num museu.

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