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A matrioska deficitária

O défice português parece uma matrioska. Cada vez que se tira uma boneca descobre-se mais uma surpresa. Geralmente pouco agradável.

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É por isso que o défice português é a linha menos recta entre as receitas e as despesas. Demora sempre uma enormidade de tempo a ser resolvido. É mesmo uma herança carregada de geração em geração como se todos tivéssemos de expiar esse pecado para Portugal continuar a ser um país.

Poucos de nós conheceram Portugal sem défice. E os que o conheceram é porque ele tinha sido trocado pela pobreza. Défice e pobreza são as duas faces da mesma moeda. Este país à beira-mar especado espera sempre realizar-se lá fora, como dizia há alguns anos Agostinho da Silva e há muitos séculos o Padre António Vieira. Nada mudou. O défice é o fado dos portugueses e é talvez por isso que, em vez de procurarem descobrir um futuro para o país, todos tentem reconfortar-se debaixo do xaile do passado.

Qual deve ser o modelo económico e social de um país que é pobre? Como não há hipóteses de se descobrir uma poção mágica para resolver o problema e Astérix tem outras tarefas neste momento, é preciso descortinar uma solução. Não podemos é continuar a pensar que o défice é só um pesadelo.

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