Foi uma semana tranquila na Bolsa portuguesa. É verdade que tivemos quedas fortes nos CTT mas a subida de outras ações compensou esse movimento e, de uma forma geral, o índice pouco se moveu. Como se estivéssemos em lume brando, à espera que a chama aumente.

Marisa Liz e os "Amor Electro" cantam que "Só é fogo se queimar" e só acima dos 5.250 pontos a temperatura pode aquecer e verdadeiramente queimar. A rutura da zona de resistência entre os 5.000 e os 5.050 pontos foi a primeira vitória dos touros no último ano e não surpreende que, depois disso, o mercado português ande a marinar, digerindo os ganhos, aliviando o estado de "sobrecompra" em que se encontrava, tentando ganhar forças para o ataque à grande resistência.

Para terem noção da importância que dou à resistência dos 5.250 pontos, acredito que se houver uma rutura consistente dessa zona, a Bolsa portuguesa tem tudo para ir testar máximos dos últimos 3 anos e meio na zona dos 5.800 pontos. Para que a rutura dos 5.250 seja um facto, é importante que Sonae e BCP colaborem pois, historicamente, é difícil termos um "Bull Market" no nosso mercado sem a contribuição dessas duas ações. É por isso importante que o BCP quebre os 0,247 e a Sonae os 0,97. É verdade que a Sonae, tal como o PSI, deu um primeiro sinal de força quebrando os 0,89, mas um "higher high" seria o mais forte sinal.

Os touros seguem sorridentes mas os ursos continuam à espreita da oportunidade. Uma ida acima dos 5.250 pontos colocaria o mercado a arder e os ursos sem hipótese de reagir durante bastante tempo. É verdade que os investidores andam contentes por estas subidas e, sobretudo, pelo mercado ter parado de cair. Mas não há nada como um verdadeiro "Bull Market" que aquece a alma e a carteira.

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Analista Dif Brokers
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