Opinião
Época de dividendos prestes a terminar
O duplo teste da época de dividendos e da guerra comercial é difícil mas será esclarecedor da força do nosso mercado.
Quando a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China sobe de tom e enche as primeiras páginas dos noticiários por todo o mundo, as bolsas reagem mal. E os vaticínios do fim do mundo nos mercados multiplicam-se, inspirados pelas quedas e prognosticando que o domínio dos touros chegou ao seu fim.
Recordo que, nos Estados Unidos, o "bull market" dura há mais de 9 anos, contrariando todas as previsões e frustrando as expectativas de enésimas tentativas de declaração de final de ciclo. E agora, neste período de guerra comercial, apesar das quedas que ocorreram, o S&P, o principal índice de referência norte-americano, está apenas a cerca de 4% do seu máximo histórico. Um dia, o "bull market" terminará, mas temos de ter sempre cautelas a enterrar um bicho que parece ter vidas infinitas.
Na bolsa portuguesa, a semana passada foi de queda ligeira mas, se considerarmos que o ajuste do dividendo da REN e da Nos provocaram uma queda de 1% no PSI-20, a semana até acabou por ser positiva. Antes de a época de dividendos se iniciar, a correção esperada e natural do PSI face à distribuição de dividendos era cerca de 4%. A grande maioria dessa correção já aconteceu, restando poucos dividendos com peso no índice para serem distribuídos.
Os touros precisam de defender com unhas e dentes o decisivo suporte entre os 5.000 e os 5.050 pontos.
Este duplo teste da época de dividendos e da guerra comercial decidida por Mr. Trump é difícil mas será esclarecedor quanto à verdadeira força do nosso mercado. Ou a falta dela.
Recordo que, nos Estados Unidos, o "bull market" dura há mais de 9 anos, contrariando todas as previsões e frustrando as expectativas de enésimas tentativas de declaração de final de ciclo. E agora, neste período de guerra comercial, apesar das quedas que ocorreram, o S&P, o principal índice de referência norte-americano, está apenas a cerca de 4% do seu máximo histórico. Um dia, o "bull market" terminará, mas temos de ter sempre cautelas a enterrar um bicho que parece ter vidas infinitas.
Os touros precisam de defender com unhas e dentes o decisivo suporte entre os 5.000 e os 5.050 pontos.
Este duplo teste da época de dividendos e da guerra comercial decidida por Mr. Trump é difícil mas será esclarecedor quanto à verdadeira força do nosso mercado. Ou a falta dela.
Nem Ulisses Pereira, nem os seus clientes, nem a DIF Brokers detêm posição sobre os activos analisados. Deve ser consultado o disclaimer integral aqui
Analista Dif Brokers
ulisses.pereira@difbroker.com
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