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Cientistas, engenheiros e indústria: os salvadores

O mundo, em geral, e o nosso país, em particular, têm de tirar consequências e ilações desta situação, alterando radicalmente as prioridades e decisões de política económica e redefinindo o modelo de globalização, com uma redução drástica da dependência da China.

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A presente pandemia tem vindo a provar, para além de outras descobertas, que a salvação da humanidade repousa nos cientistas, nos engenheiros e na indústria.

Nos cientistas, médicos, farmacêuticos, biólogos, veterinários, químicos, que experimentam e aplicam, novos métodos de tratamentos, pesquisam novos medicamentos e vacinas, novos produtos de higienização de equipamentos e de espaços.

Nos engenheiros, agrónomos, zootécnicos, mecânicos, químicos, eletrotécnicos, informáticos, que asseguram o funcionamento das unidades agrícolas e pecuárias, a logística de transporte e de armazenamento de produtos essenciais e a manutenção e operação das fábricas, hospitais, redes elétricas e informáticas.

E, finalmente, na indústria, farmacêutica, química, bioquímica, mecânica, têxtil, que produz, a ritmos de emergência, medicamentos, produtos químicos e biológicos, ventiladores, macas, máscaras, luvas, fundamentais para o ataque à pandemia.

Não é, pois, de estranhar, que a Alemanha seja o país europeu, de grande dimensão, que melhor tem reagido à pandemia, apresentando a menor taxa de letalidade, preparando-se, já, para a reativação da sua economia.

Com uma indústria pujante, que produz tudo o que é necessário, incluindo produtos complexos, como os ventiladores, uma comunidade científica de referência mundial, respeitada e prestigiada e com os melhores engenheiros de todos os países da Europa, que ali encontram um ambiente de trabalho reconhecido, prestigiado e adequadamente remunerado, a Alemanha tem vivido esta situação de catástrofe, com relativa tranquilidade do seu sistema de saúde.

No nosso país, pelo contrário, destruímos a indústria, concentrando todos os recursos no turismo e no comércio e não valorizamos nem prestigiamos os cientistas nem os engenheiros.

Aguardamos, todos, o início da produção industrial do ventilador português!

Mas esta pandemia também evidenciou outros dados preocupantes.

A incompetência, impreparação e ausência de formação técnica adequada, dos burocratas, nacionais e internacionais, com especial relevo para os órgãos ligados à saúde. Aguardemos os resultados das auditorias e investigações que se efetuarão no futuro próximo.

A ausência de previsão e preparação por parte dos políticos, que foram sendo ultrapassados pelos acontecimentos, correndo atrás do prejuízo, que tentavam minorar, escondendo a realidade dos seus concidadãos.

O comportamento inadmissível da China, um regime comunista autoritário, que mentiu sistematicamente ao mundo sobre a gravidade da doença e sobre os números reais do seu país, em relação aos quais análises independentes apontam para um número muito superior de mortos e de infetados.

O mundo, em geral, e o nosso país, em particular, têm de tirar consequências e ilações desta situação, alterando radicalmente as prioridades e decisões de política económica e redefinindo o modelo de globalização, com uma redução drástica da dependência da China.

Se atuarmos nesta direção, valeu a pena os sacrifícios dos últimos meses.

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