Esta técnica, em que as imagens do fundo do cenário e as do primeiro plano se movem a velocidades diferentes, permite criar uma atmosfera que facilita a interação do utilizador com os conteúdos apresentados.

Tecnologia inicialmente desenvolvida para os jogos de consola, foi adaptada mais recentemente ao desenho de páginas da internet.

As páginas assim construídas conseguem gerar uma sensação de tridimensionalidade, mais envolvente e atrativa que as tradicionais páginas a duas dimensões.

Mas a grande inovação destas páginas encontra-se na revolução que introduzem na forma de navegação. A sucessão de páginas sequenciais dá aqui lugar a uma única página contendo mais informação acessível de forma intuitiva, direta, ao jeito de quem conta uma história.

Uma nova navegação que, se bem construída, cativa, envolve e fascina o utilizador.

Mas estas páginas têm ainda algumas desvantagens que estão a atrasar a sua maior expansão. Por um lado, devido ao maior conteúdo informativo, são de carregamento mais lento, embora depois a sua utilização seja suave e tranquila.  

Por outro lado, a indexação das páginas não se adapta bem aos sistemas usados pelos motores de busca. Na verdade, a multiplicidade de informação que pode estar presente não encontra expressão nos sistemas atuais que disponibilizam um número reduzido de marcadores por página.

Assim muitas empresas disponibilizam estas páginas em simultâneo com as tradicionais ou para temas específicos de alguns produtos e serviços, muitas vezes acessíveis através dos seus sites. Procura-se assim preservar a acessibilidade, primeiros lugares nos principais motores de busca, ao mesmo tempo que se oferece uma experiência de grande qualidade visual e emocional nos temas principais.

Dois bons exemplos da utilização desta técnica são o site da Seatle Space Needle, que nos mostra a vista desta cidade americana à medida que subimos este monumento, e o da marca de pantufas Mélanie F.

As empresas portuguesas devem começar a dar atenção a esta técnica e, se bem que seja prematuro substituir os seus sites construídos da forma tradicional, integrá-la na sua comunicação.

Nichos como restaurantes, monumentos turísticos, lojas especializadas, produtos concretos, espetáculos artísticos, podem beneficiar desta nova forma de comunicação comercial. Não estando na ponta do progresso, as empresas portuguesas não se devem deixar atrasar ainda mais.

Economista

Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico