Opinião
"USA e abusa"
O país mais poderoso do mundo vai, em breve, decidir quem vai ser o seu próximo Presidente, e tudo indica que terá de escolher entre Hillary Clinton e Donald Trump.
Vai ser certamente um dos mais brutais duelos presidenciais da história dos EUA. Donald Trump, um indivíduo que muita gente odeia, contra Hillary Clinton, uma pessoa com quem ninguém simpatiza. O resultado final desta eleição pode fazer toda a diferença para o mundo... e para nós também.
Depois das eleições primárias, na terça-feira, em que Trump venceu em todos os estados, o milionário pode estar a dois estados de conseguir a nomeação para se tornar o candidato republicano à Casa Branca. Depois do primeiro Presidente negro, os EUA podem vir a ter o primeiro Presidente cor-de-delícia do mar.
No início, Trump não foi levado a sério pelo Partido Republicano (eu, até agora, também ainda não consegui). Trump foi visto como alguém que dava um colorido de "jet set" à campanha dos republicanos e que, por comparação, podia fazer dos outros candidatos pessoas mais ajuizadas e informadas. Era giro ter um candidato de fora do partido, conhecido dos media, com vida de "jet set", uma espécie de Ronald Reagan em alcoolizado (eu vejo um Nuno Melo que nasceu no Texas ou um Marinho e Pinto a quem saiu o Euromilhões) que não iria muito longe. Acordaram demasiado tarde.
Na verdade, Trump, com o seu discurso xenófobo, machista, racista, etc., falou ao coração dos eleitores republicanos. Até o pessoal do Ku Klux Klan, que tem péssima tradição no que diz respeito a sair de casa para pôr uma cruz, se deixou conquistar, e um dos seus principais membros (usa capuz impermeável) veio apoiar o voto em Trump. O Partido Republicano, neste momento, tem receio de que Trump perca no confronto com Hillary Clinton, mas tem terror de que ele possa vencer.
Depois de Jeb Bush, Marco Rubio, etc., terem sido massacrados, restam na corrida, mas fora dela, o ultraconservador, com cara de cisne, Ted Cruz, e o moderado - para aqueles padrões - John Kasich e uma esperança vaga de que, segundo a expressão usada pela direita portuguesa, consigam formar uma geringonça que consiga o impossível: impedir Trump de ser o candidato do PR. Será na convenção de Julho que Cruz e Kasich ainda tentarão ser nomeados - num processo de "convenção aberta" - caso Trump não consiga uma maioria absoluta numa primeira votação - mas isso poderia ser o fim do partido. Como diriam os americanos: "Too late." Voltar atrás no tempo para impedir que caia a desgraça sobre a raça humana, só chamando o ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger.
Tendo o Partido Republicano a tradição democrática que tem, não pode querer resolver esta nomeação com um golpe na votação. Resta-lhe as armas ou a reza.
Depois das eleições primárias, na terça-feira, em que Trump venceu em todos os estados, o milionário pode estar a dois estados de conseguir a nomeação para se tornar o candidato republicano à Casa Branca. Depois do primeiro Presidente negro, os EUA podem vir a ter o primeiro Presidente cor-de-delícia do mar.
Na verdade, Trump, com o seu discurso xenófobo, machista, racista, etc., falou ao coração dos eleitores republicanos. Até o pessoal do Ku Klux Klan, que tem péssima tradição no que diz respeito a sair de casa para pôr uma cruz, se deixou conquistar, e um dos seus principais membros (usa capuz impermeável) veio apoiar o voto em Trump. O Partido Republicano, neste momento, tem receio de que Trump perca no confronto com Hillary Clinton, mas tem terror de que ele possa vencer.
Depois de Jeb Bush, Marco Rubio, etc., terem sido massacrados, restam na corrida, mas fora dela, o ultraconservador, com cara de cisne, Ted Cruz, e o moderado - para aqueles padrões - John Kasich e uma esperança vaga de que, segundo a expressão usada pela direita portuguesa, consigam formar uma geringonça que consiga o impossível: impedir Trump de ser o candidato do PR. Será na convenção de Julho que Cruz e Kasich ainda tentarão ser nomeados - num processo de "convenção aberta" - caso Trump não consiga uma maioria absoluta numa primeira votação - mas isso poderia ser o fim do partido. Como diriam os americanos: "Too late." Voltar atrás no tempo para impedir que caia a desgraça sobre a raça humana, só chamando o ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger.
Tendo o Partido Republicano a tradição democrática que tem, não pode querer resolver esta nomeação com um golpe na votação. Resta-lhe as armas ou a reza.
Top 5 Trump 1. André Gustavo, brasileiro, director de campanha de Passos apanhado na investigação Lava Jato - É fazer o que ele aconselhou ao Passos durante a campanha: estar calado e aparecer o menos possível.
2. "Violência à porta de estabelecimento de kebab no Cais do Sodré, por volta das 7h30 de segunda-feira" - Pudesse eu ter sido impedido de ir comer um kebab as sete da matina, depois de noite de copos, e tinha evitado ainda piores ressacas.
3. Diogo Lacerda explica a sua participação nas negociações da reprivatização da TAP, em nome do actual Governo, no Parlamento - Pelo que ouvi, Diogo Lacerda é um Carlos Santos Silva do cidadão.
4. Presidência holandesa da UE trocou foto de Centeno pela do jornalista José Gomes Ferreira no documento oficial do Eurogrupo - Ui, se o JGF já era mitómano, imagina agora. Há um lado sádico da coisa. Como o JGF é o único no documento que está sem gravata, vão pensar que é do Bloco
de Esquerda.
5. ÚLTIMA HORA: Há demasiadas notícias com Última Hora.
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