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1 de Dezembro. Joseph Stiglitz na Gulbenkian. Numa conferência destinada a discutir os rendimentos e as desigualdades, Stiglitz diz que o problema da zona euro não é este ou aquele país, mas a estrutura da união monetária. A austeridade e a desigualdade são escolhas políticas, não inevitabilidade, considera o Nobel da Economia.
2 de Dezembro. Nos fecha acordo com o Benfica. A Nos fecha acordo com o Benfica para a transmissão dos direitos televisivos dos jogos em casa e pela exclusividade da BTV. O contrato terá início no arranque da época 2016/2017 e um valor de 400 milhões de euros. O acordo tem a duração inicial de três anos.
9 de Dezembro. Banco de Portugal está mais pessimista. O Banco de Portugal reviu em baixa as suas projecções para o aumento do PIB este ano e nos dois seguintes. As novas previsões ficam aquém do que esperava o PS no seu cenário macroeconómico, no entanto os valores divulgados não incluem as medidas de política económica que constam no programa do novo Executivo.
10 de Dezembro. 2,7% de défice é impensável. A meta que o Governo de Passos Coelho estabeleceu para o défice deste ano, 2,7%, não vai ser atingida. Mário Centeno anuncia "medidas adicionais" que permitam "a saída de Portugal do Procedimento por Défices Excessivos", ou seja, para atingir um défice de pelo menos 3% do PIB.
14 de Dezembro. Banif em novos mínimos. As acções do Banif continuam numa trajectória imparável de queda, tendo afundado para os 0,0006 euros. Enquanto vivia mais uma sessão negra na bolsa, a administração do banco insistia que a venda da instituição é uma saída.
15 de Dezembro. Fechado acordo para a sobretaxa. PS, BE e PCP puseram-se de acordo quanto aos valores da sobretaxa a cobrar em 2016. Todos verão o seu esforço aliviado, excepto quem tem mais de 80 mil euros de rendimento colectável, que continua a pagar os 3,5%, e quem não pagava nada por ter baixos rendimentos. Quem está no escalão entre os 40 e os 80 mil euros de rendimento colectável fica a pagar menos (3%), mas acima daquilo que era a promessa original do PS (1,75%).
18 de Dezembro. Capital escondido lá fora tem até ao fim do ano para ser regularizado. Se tudo correr como o previsto, a partir de Setembro de 2017 o Fisco vai passar a ter acesso ao património financeiro detido por residentes em Portugal em instituições financeiras lá fora, das Caimão às Bermudas, das Ilhas Virgens ao Liechtenstein, passando por Hong Kong e Singapura. Ao todo, são quase 100 países que vão passar a trocar dados entre si e, em mais de metade deles, essa troca vai já abranger o património detido a 31 de Dezembro de 2015. Quem tiver este dinheiro escondido do Fisco português, ou regulariza a situação, ou arrisca-se a ser apanhado, lembra o Negócios.
20 de Dezembro. Banif é vendido, com "custos muito elevados" para os contribuintes. A 20 de Dezembro, António Costa anuncia a venda do Banif ao Santander. A solução, que terá "um custo muito elevado" para os contribuintes, passa por 2,25 mil milhões de apoio público para "cobrir as necessidades de financiamento na resolução" do banco e 422 milhões para a cobertura da transferência das imparidades dos activos para um veículo financeiro. A ajuda adicional na forma de garantia de Estado eleva "as medidas potenciais de ajuda até 3 mil milhões de euros".
ACONTECIMENTOS INTERNACIONAIS
1 de Dezembro. Zuckerberg doa 99% do Facebook. Ao longo da sua vida, Mark Zuckerberg compromete-se a doar 99% das suas acções do Facebook para causas filantrópicas. Em causa está uma posição avaliada em 45 mil milhões de dólares (42,5 mil milhões de euros). O anúncio ocorre após o nascimento da sua filha.
3 de Dezembro. BCE tranquiliza Governo até Março de 2017. O Banco Central Europeu prolonga o programa de compra de 60 mil milhões de euros mensais implementado desde Março deste ano até, pelo menos, Março de 2017 e cortou na taxa de juro dos depósitos que os bancos fazem no BCE. Serão ainda alargadas as compras de obrigações a títulos emitidos pelos governos.
4 de Dezembro. Alemanha aprova intervenção militar contra o Estado Islâmico. A maioria dos deputados do Bundestag (câmara baixa do Parlamento germânico) votou a favor de uma intervenção militar contra o grupo terrorista Estado Islâmico na Síria e no Iraque. O plano está avaliado em 134 milhões de euros até ao final de 2016 e prevê o envio de 1.200 militares para a missão Síria.
8 de Dezembro. Anglo American corta 85 mil empregos. A gigante mundial anuncia que vai avançar com uma "estratégia de reestruturação mais rápida e agressiva", que passa por cortar cerca de 85 mil posto de trabalho e a suspensão do dividendos.
11 de Dezembro. Líder da Fosun detido. Depois de especulações sobre o seu desaparecimento, os rumores passam a oficiais: o milionário chinês Guo Guangchang, fundador e presidente da Fosun, foi detido devido a "investigações judiciais", levadas a cabo pelas autoridades judiciais" da República Popular da China.
12 de Dezembro. Fumo branco na cimeira do clima. Após duas semanas de duras negociações, os líderes mundiais reunidos em Paris chegaram a acordo - um acordo imperfeito, mas histórico. Para a organização World Wild Fund alcançaram-se em Paris "as bases para uma acção ambiciosa", mas são necessárias "mais medidas imediatas". Para o director executivo da Greenpeace, "o mais importante é que a indústria dos combustíveis fósseis recebeu a mensagem de que este é o final da era das energias fósseis".
16 de Dezembro. Estados Unidos começam a subir juros. Pela primeira vez numa década, a Reserva Federal norte-americana resolveu subir a taxa de juro de referência. Os juros aumentam do intervalo entre 0% e 0,25%, para os 0,25% a 0,5%, como reconhecimento da melhoria da actividade económica.
20 de Dezembro. Eleições espanholas sem maiorias imediatas. As eleições em Espanha confirmam o fim do bipartidarismo que as sondagens já indicavam. O partido do direita, PP, venceu com 28,7% dos votos, seguido pelo PSOE (22,1%), o Podemos (20,6%), e o Cidadãos (13,6%). Com esta distribuição, os partidos terão de entrar em negociações para a garantía de uma solução de governação estável. Com o modelo alemão afastado, o mais certo é que se enverede por uma solução à portuguesa. Caso contrário, terão se ser convocadas novas eleições.