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Para o ministro da Economia, a comparação de Portugal com os países do Sul da Europa, em termos de exportações, "não é válida", com Espanha a ter na última década uma performance idêntica à dos seus mercados e Itália e Grécia cresceram "abaixo dos seus mercados". "Portugal distingue-se claramente na última década dos países do Sul da Europa". E foi isto que mudou "a nossa posição de um forte défice para um superavit que no ano passado cresceu mais 900 milhões".
Trabalhar no crescimento para amanhã
O crescimento económico de Portugal baseia-se no equilíbrio nas contas públicas e a nível externo, que está a ser puxado pelas exportações e pelo investimento. "Portugal está também a ter um bom momento em termos de investimento estrangeiro", referiu Manuel Caldeira Cabral. "Tudo isto está a ter um efeito muito positivo na imagem externa do país e acho que todo o país deve agradecer o trabalho que as empresas fizeram e estão a fazer. A forma como as empresas portuguesas demonstraram que problemas de competitividade podem existir, mas que elas estão para vencer nos mercados externos, que problemas de contas públicas existiram, mas estivemos todos juntos para os resolver, que problemas de inovação podem existir mas que também existe uma estratégia bem delineada para a inovação".
Ministro da Economia
O ministro da Economia sublinhou que é preciso trabalhar para o futuro, "olhar para o que vai fazer o crescimento amanhã e é nisso que temos centrado muitos dos nossos programas e da nossa acção". Por isso foi lançada uma estratégia de turismo para a próxima década do turismo e programas de inovação que apostam no reforço da ponte entre universidades e empresas e centros tecnológicas. Deu ainda exemplos deste olhar para o futuro como são os casos do programa Start-Up Portugal, pelo programa Interface que tenta fazer e reforçar e criar incentivos para que essa ponte entre universidades e empresas se torne uma realidade cada vez maior, Indústria 4.0, para que esse desafio da digitalização da indústria seja vencido por Portugal.
Referiu ainda a importância do programa Capitalizar para a reestruturação empresarial, melhoria do financiamento das empresas e, como enfatizou, "assegurar que as empresas se podem financiar mais em capitais próprios porque sabemos que se as empresas vão exportar mais e inovar mais têm de ter uma base mais sólida de capitais próprios". Concluiu dizendo que "é preciso uma estrutura maior e mais forte de capitais próprios e, por isso, mesmo estamos a criar os instrumentos e os incentivos correctos ao nível da fiscalidade para que isso aconteça".
Em louvor dos casos de sucesso
Para José Manuel Bernardo, presidente da PwC, é importante destacar quem faz o desenvolvimento da economia portuguesa.
O Prémio Excellens Oeconomia pretende ser "um louvor àqueles que no dia-a-dia se preocupam em desenvolver a economia e Portugal. E são muitos os casos de sucesso e os exemplos que temos", referiu José Manuel Bernardo, presidente da PwC, na cerimónia de entrega de prémios da 5.ª edição que se realizou a 25 de Maio em Lisboa, no Four Seasons Hotel Ritz. Fez ainda referência ao facto de em 2016 se ter perdido "um membro do júri muito relevante, João Lobo Antunes, professor na Faculdade de Medicina de Lisboa", sublinhando que "gostaria de deixar uma nota à sua memória e ao que fez por este país e pelo muito que fez pela organização destes prémios".
Por sua vez, Raul Vaz, director do Jornal de Negócios, salientou a aposta da PwC e do Jornal de Negócios no reconhecimento "dos melhores e dos mais ousados que acreditam, criam, inovam, e que se guiam na sua acção na audácia e pela paixão contribuindo de forma sustentada para o progresso económico e o prestígio do nosso país". Considerou que um prémio como o Excellens é importante sobretudo em "tempo de exigentes desafios económicos em que as nossas empresas, os nossos gestores, os nossos empresários são mais do que nunca cruciais para o presente e o futuro do nosso país".
O júri
O júri do prémio Excellens Oeconomia é constituído por um conjunto de personalidades que representam áreas diversificadas.
Alberto Castro
Professor da Universidade Católica do Porto
António Brochado Correia
Sócio da PwC
António Gomes Mota
Professor Catedrático na ISCTE Business School
António Lobo Xavier
Advogado
António de Sousa
Presidente do conselho de administração da ECS Capital
Emídio Rui Vilar
Administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian
Fátima Barros
Presidente do conselho de administração da Anacom
João Salgueiro
Economista
José Manuel Fernandes
Presidente do conselho de administração da Frezite
Luís Amado
Consultor
Luís Marques Mendes
Consultor
Madalena Cascais Tomé
Presidente da comissão executiva da SIBS
Miguel Setas
Presidente executivo da EDP - Energias do Brasil
Pedro Rebelo de Sousa
Advogado
Ricardo Reis
Professor de Economia, London School of Economics
Raul Vaz
Director do Jornal de Negócios