Amílcar Lourenço sublinhou como a economia portuguesa, por vários indicadores macroeconómicos, é vista como um bom exemplo.

"O contexto hoje em dia é complexo e, talvez, nunca tenhamos vivido um contexto tão difícl. Não sabemos como vão terminar as guerras na Europa ou perto da Europa, estas ameaças de guerras comerciais, tudo isto tem imenso impacto", afirmou Amílcar Lourenço, administrador executivo do Santander, na cerimónia de entrega de prémios do Prémio Portugal Inspirador, uma iniciativa organizada pelo Negócios, Correio da Manhã e CMTV, com o apoio do Banco Santander e dos knowledge partners Informa DB, Accenture e Nova SBE.

Além disso, "os dois maiores motores da economia europeia, a França e a Alemanha, estão com problemas, uns mais económicos, outros mais políticos, com os mercados a reagir à forma como a gestão está ser feita nesses países".

O Santander tem "muitas equipas dedicadas, sabemos bem das dificuldades que as empresas enfrentam, num país com a dimensão de Portugal", disse Amílcar Lourenço, mas, mesmo assim assegura que, "neste contexto, as empresas portuguesas conseguem romper barreiras porque a marca Portugal é hoje muito reconhecida pela qualidade".

560 mil milhões de euros

Amílcar Lourenço lembrou ainda que há 12 anos vivíamos um pacote de resgate à economia portuguesa, "era vista como das piores economias da zona Euro da Europa, hoje e a economia portuguesa, por vários indicadores macroeconómicos, é vista como um bom exemplo". Nessa altura, as empresas, com a sua capacidade exportadora, foram o grande motor do crescimento da economia portuguesa.

Revelou que hoje existem um milhão e meio de empresas que são o suporte da economia. "Como um todo, as empresas portuguesas faturam 560 mil milhões de euros, empregam 4,6 milhões de pessoas", considerou Amílcar Lourenço. Na sua observação, "as empresas e os empresários são notáveis, muito resilientes, arriscam e inovam. Hoje em dia, observa-se, cada vez mais, uma enorme vontade das empresas em crescer em Portugal, na exportação e na internacionalização. As empresas têm demonstrado um forte compromisso com o cuidado das suas pessoas e das comunidades onde estão inseridas.".

Amílcar Lourenço salientou que "o prémio Portugal inspirador foi realmente pensado para premiarmos e reconhecermos as empresas nacionais, as empresas que inovam, as que criam emprego, as que impulsionam a economia".

O Prémio Portugal Inspirador

A 2.ª edição do Prémio Portugal Inspirador, organizada pelo Negócios, Correio da Manhã e CMTV, com o apoio do Banco Santander, foi constituída por dois eixos e seis categorias. No eixo não candidatável, as empresas foram selecionadas com base em dados cedidos pela Informa D&B e nos critérios pré-definidos pela Accenture, abrangendo cinco setores: Agricultura, Indústria, Internacionalização, Tecnologia e Turismo. No eixo candidatável, a grande novidade desta 2.ª edição foi a categoria de Sustentabilidade, que se abriu a candidaturas de startups e scaleups. Nesta categoria, a Nova SBE é a responsável pela análise das candidaturas e pelos critérios de avaliação.