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Negócios Iniciativas | A prioridade está na exportação

A exportação é a base da estratégia de negócio, mas como diz Gilberto Ribeiro, “não deve haver português que não reconheça as esplanadas da Olá e da Lipton”, com produtos feitos pela 3G Resins.

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Gilberto Ribeiro, General Manager da 3G Resins.

"A 3G Resins surge como projeto pessoal na sequência da minha formação em engenharia de polímeros e como corolário do meu percurso profissional, tendo-me dedicado, praticamente até hoje, ao desenvolvimento de mobiliário de exterior para a hotelaria e jardim por injeção de termoplásticos", explica Gilberto Ribeiro, General Manager da 3G Resins. Sediada em Vieira do Minho, a empresa surgiu em 2008, mas só a partir de 2016 é que Gilberto Ribeiro se começou a dedicar-se, em exclusivo, à sua empresa, porque até então, desenvolveu projetos para terceiros. A 3G Resins fatura 6,5 milhões de euros, conta com 40 trabalhadores e foi a vencedora na categoria Indústria para PME do Prémio Portugal Inspirador, uma iniciativa organizada pelo Negócios, Correio da Manhã e CMTV, com o apoio do Banco Santander e dos knowledge partners Informa DB, Accenture e Nova SBE.

Se antes era difícil recrutar mão de obra especializada, hoje nem especializada, nem não especializada, simplesmente não há mão de obra disponível.Gilberto Ribeiro
General Manager da 3G Resins

Como sublinha Gilberto Ribeiro, "esta decisão foi o momento crucial para a 3G Resins", que se distingue da concorrência "principalmente pelo serviço que prestamos ao cliente, a constante inovação dos modelos que, por norma, vão de encontro aos anseios dos clientes". Refere que estes se mantêm por muitos anos e dá um exemplo: "Não deve haver português que não reconheça as esplanadas da Olá e da Lipton", sublinha com satisfação Gilberto Ribeiro.

O desafio dos recursos humanos

Para o gestor, os maiores desafios, para além da burocracia, são os recursos humanos. "Se antes era difícil recrutar mão de obra especializada, hoje nem especializada, nem não especializada, simplesmente não há mão de obra disponível".

Na sua estratégia, a empresa elegeu a exportação como o principal vetor comercial, que representa cerca de 80% do volume de negócios. "A exportação é mais simples, o nível do produto procurado por esses mercados é mais alto, o preço não é o mais importante e o interlocutor por norma é um administrador ou alguém muito próximo, logo a negociação é mais rápida e mais fácil", afirma Gilberto Ribeiro. Vendem, sobretudo, na Europa, mas também para mercados longínquos como Panamá, República Dominicana, África do Sul e outros.

Gilberto Ribeiro salienta que o mercado português é muito pequeno, e que, por vários motivos, "os clientes com alguma dimensão "gostam" de comprar a produtores estrangeiros normalmente mais caros e com qualidade inferior, por isso não valorizamos quanto podíamos o mercado interno".

O fundador e gestor da 3G Resins assegura que a empresa se prepara para entrar em três novas áreas de negócio complementares que vão permitir um crescimento exponencial nos próximos anos, mas não revelou quais.

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