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Foto em cima: Adolfo Mesquita Nunes, Cristina Siza Vieira, Guilherme Pereira, e Catarina Paiva
Nascemos com a ambição de sermos a maior marca de hostels de Portugal, algo que hoje é uma realidade", afirma Nuno Constantino, fundador e gestor da Wotels, que esteve quase 15 anos na Neoturis e um ano no Grupo Pestana, no Brasil. A Wotels nasceu em 2015 com o nome Hub, tendo uma "visão clara" de "criar um modelo de alojamento inovador que respondesse às novas tendências e necessidades dos viajantes jovens e modernos. À data, em Portugal, existiam alguns dos melhores hostels da Europa, mas não havia oferta que respondesse cabalmente às necessidades de uma parte significativa do mercado, os grupos de jovens", considera Nuno Constantino.
Fundador e gestor da Wotels - World of Travellers
Em 2020, fruto da perceção da crescente procura por flexibilidade, autenticidade e sustentabilidade, a Hub transformou-se na marca Wotels - World of Travellers. O fator distintivo "é a aposta no conceito de hotelaria híbrida, combinando o melhor de diferentes formas de alojamento - desde estadias curtas em quartos privados a opções mais económicas, como dormitórios partilhados. Além disso, o nosso foco na hospitalidade descontraída, no contacto humano genuíno e na ligação às comunidades locais são pilares que nos diferenciam".
Na altura, a empresa tinha seis unidades em operação, mas, com a pandemia de Covid-19 e os confinamentos em 2020 e 2021, reduziu a oferta para quatro unidades. Entretanto, com a entrada da Portugal Ventures no capital, foi feita uma reestruturação, e a Wotels iniciou uma nova fase de crescimento, que incluiu o alargamento do conceito de negócio à exploração de hotéis, hotéis-apartamentos e turismo no espaço rural. Este projeto empresarial, partilhado por oito sócios, faturou no ano passado, 11 milhões de euros, empregando cerca de 220 trabalhadores e contando com 15 unidades, de Norte a Sul do país, com mais de 1.600 camas. A Wotels foi a vencedora na categoria Turismo para PME do Prémio Portugal Inspirador, uma iniciativa organizada pelo Negócios, Correio da Manhã e CMTV, com o apoio do Banco Santander e dos knowledge partners Informa DB, Accenture e Nova SBE.
A aldeia da Pedralva
A opção estratégica pela hotelaria híbrida nasceu da convicção de que o turismo está em transformação. "Os viajantes não procuram uma tipologia ou categoria de hotel, procuram hoje alojamentos que sejam mais do que apenas um quarto - querem flexibilidade, experiências autênticas e um impacto positivo no destino. Ao optar pelo híbrido, conseguimos criar uma solução versátil, que não apenas atende diferentes públicos, mas também reflete a nossa missão de sermos inovadores, acessíveis e sustentáveis. Este modelo está alinhado com a nossa visão de futuro e com as tendências globais do setor", explicou Nuno Constantino.
Em 2024, com a exploração da Aldeia da Pedralva, a Wotels entrou num novo segmento de hotelaria, caracterizado por maior qualidade e diferenciação. "É o primeiro de vários projetos que estamos a desenvolver e que serão abraçados por uma nova marca que anunciaremos em breve, mas que partilhará muitos dos valores da Wotels e também dos seus serviços centrais", refere Nuno Constantino.
Os projetos para o futuro centram-se na expansão, com o reforço no Norte e no Algarve, e no alargamento a novos destinos como o Alentejo e os Açores. Além disso, pretendem replicar, nos tradicionais parques de campismo, o que têm vindo a fazer nos pequenos hotéis familiares. A sustentabilidade ocupa um lugar central na estratégia de futuro, sobretudo através da gestão inteligente de recursos, como a energia e a água, bem como de programas dedicados ao turismo sustentável. A transformação digital também será uma prioridade, com o objetivo de aumentar a eficiência operacional através da implementação de novas tecnologias.