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A tecnologia da Inteligência Artificial (IA) já entrou em instituições bancárias, universitárias e agora também já tem lugar na indústria pesada, como foi mostrado na segunda conferência da 2.ª edição do Portugal Inspirador. "É significativo que uma indústria de mão de obra intensiva possa partilhar o seu testemunho num simpósio de tecnologia, o que há dez anos seria impensável", afirmou, na conferência, Mico Mineiro, country manager da Twintex.
Trata-se de uma empresa com 45 anos de história e 400 funcionários oriundos de 15 países, cuja fábrica de confeções é abastecida por energia renovável, 55% da qual proveniente dos seus próprios painéis fotovoltaicos.
Uma das suas grandes frentes de desenvolvimento é o Campus Twintex, cuja construção, apoiada por fundos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), tem de estar concluída até dezembro de 2025. Neste campus vai ficar o centro logístico das produções têxteis em Portugal e Marrocos. A primeira linha de produção deve mudar-se para ali ainda antes do verão de 2025, referiu o country manager da Twintex.
Na Twintex já se utiliza a IA em várias áreas. Nomeadamente, para "ler índices de produtividade, de organização, fazer a previsão de alguns tipos de vendas, fazer um forecast de vendas acertado".
Em termos de tecnologia, "o que mais se destaca é uma máquina de corte para tecido xadrez. Como a inteligência artificial lê o padrão do xadrez, faz um corte mais rigoroso e preciso que o corte humano e consegue reduzir em 20% o consumo de tecido, o que permite otimizar os recursos e maximizar a margem que a fábrica consegue na venda do seu produto", explicou Mico Mineiro.
Os desafios da IA
A eficiência, a sustentabilidade e a produtividade são os principais inputs das tecnologias. "O objetivo não é reduzir pessoas utilizando a IA, é aumentar a qualidade do serviço e corresponder à expectativa dos nossos clientes", sublinhou o country manager da Twintex.
Também o meio académico está a integrar a inteligência artificial . "A Universidade da Beira Interior está muito avançada no processo de transformação digital. Por exemplo, tem um processo académico totalmente digital: desde 2010 que integra a assinatura com cartão de cidadão", destacou Pedro Inácio, pró-reitor da Universidade Digital da UBI. Nesta universidade covilhanense, os processos académicos dos cursos das unidades curriculares "têm uma existência digital e já não são impressos em papel".
Segundo Nuno Falcão, head of Banking, Insurance and Information Reporting Technology and Delivery do Santander Portugal, a unidade do Santander em Portugal define-se pela experimentação: "Seguimos o princípio do test & fail-fast e isto acontece em todas as componentes como a IA ou as políticas de cibersegurança".
Salientou ainda que, ao nível da IA, a banca é uma indústria muito regulada, com respeito à privacidade de dados e à regulamentação europeia, como o futuro AI Act." Mas os programas de transformação do banco têm "sempre ideias incubadas de como é que podemos utilizar a inteligência artificial . A IA vai-nos dar modelos de propensão de aplicação de produtos a clientes, a empresas, a particulares", concluiu Nuno Falcão.
O risco da cibersegurança
"A IA generativa baseia-se em dados e depois gera algo que é muito provável, mas que não é necessariamente verdadeiro. Permite também gerar muitas possibilidades, vários futuros. É interessante para os bancos, universidades e empresas, por exemplo", disse Pedro Inácio, pró-reitor da UBI. Os maiores riscos são a cibersegurança e a dependência exagerada da tecnologia, alertou.
A unidade especializada do Santander "representa 3 a 4% do volume de negócios do grupo "e é vista como " um modelo a seguir", afirmou Nuno Falcão. O seu objetivo é tornar a organização "mais vocacionada para o mercado, para as exigências dos nossos clientes". Esta transformação está sustentada em três pilares, explicou. O primeiro é o da eficiência, o segundo é o foco nos segmentos como empresas, clientes, e o terceiro é o engagement. Embutidas nestes três pilares estão a green finance e a sustentabilidade, que se manifestam em apoios às estratégias "go green" das várias empresas.
Trata-se de uma empresa com 45 anos de história e 400 funcionários oriundos de 15 países, cuja fábrica de confeções é abastecida por energia renovável, 55% da qual proveniente dos seus próprios painéis fotovoltaicos.
Uma das suas grandes frentes de desenvolvimento é o Campus Twintex, cuja construção, apoiada por fundos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), tem de estar concluída até dezembro de 2025. Neste campus vai ficar o centro logístico das produções têxteis em Portugal e Marrocos. A primeira linha de produção deve mudar-se para ali ainda antes do verão de 2025, referiu o country manager da Twintex.
Na Twintex já se utiliza a IA em várias áreas. Nomeadamente, para "ler índices de produtividade, de organização, fazer a previsão de alguns tipos de vendas, fazer um forecast de vendas acertado".
Em termos de tecnologia, "o que mais se destaca é uma máquina de corte para tecido xadrez. Como a inteligência artificial lê o padrão do xadrez, faz um corte mais rigoroso e preciso que o corte humano e consegue reduzir em 20% o consumo de tecido, o que permite otimizar os recursos e maximizar a margem que a fábrica consegue na venda do seu produto", explicou Mico Mineiro.
Os desafios da IA
A eficiência, a sustentabilidade e a produtividade são os principais inputs das tecnologias. "O objetivo não é reduzir pessoas utilizando a IA, é aumentar a qualidade do serviço e corresponder à expectativa dos nossos clientes", sublinhou o country manager da Twintex.
Também o meio académico está a integrar a inteligência artificial . "A Universidade da Beira Interior está muito avançada no processo de transformação digital. Por exemplo, tem um processo académico totalmente digital: desde 2010 que integra a assinatura com cartão de cidadão", destacou Pedro Inácio, pró-reitor da Universidade Digital da UBI. Nesta universidade covilhanense, os processos académicos dos cursos das unidades curriculares "têm uma existência digital e já não são impressos em papel".
Segundo Nuno Falcão, head of Banking, Insurance and Information Reporting Technology and Delivery do Santander Portugal, a unidade do Santander em Portugal define-se pela experimentação: "Seguimos o princípio do test & fail-fast e isto acontece em todas as componentes como a IA ou as políticas de cibersegurança".
Salientou ainda que, ao nível da IA, a banca é uma indústria muito regulada, com respeito à privacidade de dados e à regulamentação europeia, como o futuro AI Act." Mas os programas de transformação do banco têm "sempre ideias incubadas de como é que podemos utilizar a inteligência artificial . A IA vai-nos dar modelos de propensão de aplicação de produtos a clientes, a empresas, a particulares", concluiu Nuno Falcão.
O risco da cibersegurança
"A IA generativa baseia-se em dados e depois gera algo que é muito provável, mas que não é necessariamente verdadeiro. Permite também gerar muitas possibilidades, vários futuros. É interessante para os bancos, universidades e empresas, por exemplo", disse Pedro Inácio, pró-reitor da UBI. Os maiores riscos são a cibersegurança e a dependência exagerada da tecnologia, alertou.
A unidade especializada do Santander "representa 3 a 4% do volume de negócios do grupo "e é vista como " um modelo a seguir", afirmou Nuno Falcão. O seu objetivo é tornar a organização "mais vocacionada para o mercado, para as exigências dos nossos clientes". Esta transformação está sustentada em três pilares, explicou. O primeiro é o da eficiência, o segundo é o foco nos segmentos como empresas, clientes, e o terceiro é o engagement. Embutidas nestes três pilares estão a green finance e a sustentabilidade, que se manifestam em apoios às estratégias "go green" das várias empresas.