- Partilhar artigo
- ...
Mas há características nacionais que posicionam bem o país. Desde logo a qualificação dos recursos humanos (não fosse o problema de haver poucos) e escolas com capacidade de formação. Também tem havido algumas políticas públicas que ajudaram na promoção de investimento estrangeiro, ainda que pudesse falar-se em mais benefícios fiscais para este tipo de investidores.
Além disso Portugal tem um ambiente propício para testar e criar inovações, com os portugueses aptos a receberem novidades em particular as tecnológicas.
E o sol e praia. Parece estranho surgir esta classificação associada ao empreendedorismo, mas isso é explicado na atracção de empreendedores e de recursos de fora de Portugal. "Este tipo de características, bem como o custo de vida, atrai competências". Não é por acaso que muitos dos empreendedores que estão na Start-up Lisbon são estrangeiros. A própria Bloomberg chegou, numa reportagem, a classificar Portugal como o São Francisco da Europa.
Neste "think tank" do Negócios e Banco Popular dedicado à inovação e tecnologias de informação foi apontada outra limitação para o ambiente "empreendedor". Muitos destes empreendedores não têm abordagem de mercado e, por isso, o necessário auxílio de mentores. A mentoria é, aqui, muito importante até para se conseguir criar uma rede de parceiros e colaborativa. Este é um mundo, diz-se, que vive, ainda mais, de parcerias. E por isso se fala do triângulo virtuoso da inovação, ligando sistema científico e tecnológico às empresas. Há várias áreas onde esse triângulo estará mais facilitado: saúde, indústria, tecnologias de produção, ensino.
"Se conseguirmos reunir isso, a probabilidade de sucesso é superior". E se o conceito de Silicon Valley é irreplicável, poderemos, pelo menos, sonhar com alguma coisa parecida.
A regra neste "think tank", promovido pelo Negócios e Banco Portugal, sobre a inovação e tecnologias de informação, que se realizou a 9 de Dezembro do ano passado, foi a de Chatham House. Ou seja, tudo pode ser escrito, mas nada pode ser atribuído par maior liberdade de opinião dos intervenientes. Estiveram presentes: Carlos Álvares, presidente do Banco Popular Portugal, Jorge delgado, presidente da Compta, José Carlos Caldeira, presidente da Agência Nacional de Inovação, Miguel Cruz, presidente do IAPMEI e Nuno Archer, vice-presidente da direcção da ANETIE.