Outros sites Medialivre
Notícia

Tecnologias: Um problema chamado recursos humanos

Há falta de recursos humanos na área das tecnologias. Por isso, seria importante aumentar o número de estudantes nesta área, mas também reconverter pessoas formadas em especializações diferentes.

19 de Janeiro de 2016 às 13:30
  • Partilhar artigo
  • ...
É um problema grave detectado pelos protagonistas deste sector. Grave e que representa um dos principais desafios futuros. Como ter recursos humanos qualificados em tecnologias suficientes para as exigências? A tecnologia hoje está em tudo, exigindo, por isso, recursos humanos qualificados para todos os sectores de forma transversal.

"A evolução tecnológica está tão acelerada que são precisos, na área das tecnologias de informação, muitíssimos mais recursos humanos". Uma escassez que há até quem lhe chame a tempestade perfeita: taxa demográfica reduzida o que leva a que menos estudantes entrem nas universidades, associado à falta de atractividade dos cursos de engenharia - muito por "culpa" da matemática -, e à elevada emigração qualificada. Por isso, "a necessidade de recursos humanos nestas áreas é brutal". E até é consensual a qualidade da formação em Portugal. Falta é quantidade.

Por isso, apontam-se caminhos. Um deles passa por perceber os maus indicadores ao nível do ensino da matemática e actuar, mas o mais premente poderá ser o de requalificar pessoas com qualificações noutras matérias para as áreas de tecnologias. "Não têm engenharia de base, mas podem-se reconverter", explica-se.

Até porque com recursos humanos suficientes Portugal pode atrair mais projectos. Até porque há condições propícias no país para atrair gente. E "hoje todos os sectores necessitam de tecnologias, para reduzir custos, aumentar receitas, conhecer melhor os clientes e lançar novas soluções". E é de olhar para as projecções que apontam para um total de 26 mil milhões de terminais móveis em 2020. Considerando, ainda, que este é um mercado (tecnologias de informação, comunicação e media) em Portugal de 11 mil milhões de euros, ou 6,4% do PIB. "Estamos a falar de um vector muito importante".

Mas que em Portugal, segundo dados da IDC avançados no "think tank" do Negócios e Banco Popular, cresceu 0,9% em 2015, abaixo do crescimento europeu de 3,5% e mundial de 1,9%. Mas alguns estudos apontam para que em 2020 o crescimento seja acima de 1,5%. "São boas notícias para as tecnologias de informação".

É igualmente um sector que tem tentado a sua internacionalização, mas cujos valores são ainda baixos. A diplomacia económica, dizem, pode ter um papel relevante na promoção lá fora do produto feito cá dentro.

Mais notícias