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O grande desafio que se segue é sair do Algarve?
Paulo Apolónia (PA): O nosso grande desafio é continuar a fazer mais lojas e tentarmos aproximarmo-nos cada vez mais dos nossos clientes. Não temos nenhum plano que amanhã tenha de ser aqui ou ali. Vamos expandir mais lojas no Algarve, no resto do país e também no Sul de Espanha.
No Algarve quais são as prioridades?
PA: [Ir para] onde falta. É continuar a ir para Lagos e para o lado de Tavira.
E no Sul de Espanha?
PA: São as zonas balneares. Nós temos uma forma de trabalhar o mercado inglês que em Espanha ainda não existe, e então existe ali uma oportunidade.
Mais que uma loja, imagino.
PA: Sim. Neste momento temos identificados três sítios. Tudo depende da evolução das coisas cá em Portugal. Espanha não é um país muito fácil de investir para quem não é espanhol.
Avelino Apolónia (AA): Espanha é muito [zelosa com] os produtos deles.
Pode revelar essas três localizações ou prefere não dizer?
PA: Não posso.
Consegue quantificar quantos dos seus clientes são estrangeiros?
PA: Depende da altura do ano. No Verão é meio-meio, com tendência a ser mais portugueses do que estrangeiros. No Inverno, são mais os estrangeiros. É normal, quando chegamos ao Inverno, estas pessoas todas que estão cá de férias no Verão deixam de estar. Quer a loja com mais e com menos serviço acaba por ter menos clientes.
É a quebra da sazonalidade.
PA: Sim, no Algarve sentimos muito a sazonalidade. A quebra é muito, muito grande. É normal. O Algarve tem 400 mil habitantes, no Verão são dois milhões.
Quais são os produtos mais extravagantes que tem no seu supermercado?
PA: Mais caros são sempre o vinho, os champanhes.
AA: Caviar.
PA: Temos aquelas bolachas de carvão, de melancia. Não temos três variedades de sal, temos talvez 100; não temos duas variedades de azeite, temos talvez 50. O mesmo com vinagre, molhos, massas.