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O papel da literacia financeira na vida

As competências e os conhecimentos na área financeira são essenciais para a vida quotidiana e por isso devem ser partilhados e chegar aos cidadãos.

Filipe S. Fernandes 01 de Março de 2024 às 14:30
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"O Jogo da Bolsa é uma das principais ações de responsabilidade social do Banco Carregosa, que encara de forma empenhada a promoção da literacia financeira, aspeto essencial para que possamos ter um entendimento adequado das oportunidades e adotar soluções informadas sobre poupança e investimento, ponderando custos, rendimentos e riscos envolvidos em cada uma dessas decisões", explicou Francisco Oliveira Fernandes, presidente executivo do Banco Carregosa, na abertura da conferência "O Futuro dos Mercados Financeiros". Esta é parte integrante do Jogo da Bolsa, que se realiza há 19 anos, e é uma parceria do Jornal de Negócios e do Banco Carregosa para debater os mercados internacionais num quadro internacional, político e económico, que se realizou no auditório do ISCTE.

Na sua análise sobre a literacia financeira, em que Portugal não esta bem posicionado nos rankings que avaliam estas competências essenciais à vida quotidiana, Francisco Oliveira Fernandes defendeu que "o incremento da literacia financeira contribuirá não só para modificar comportamentos de poupança, melhorar a compreensão dos instrumentos financeiros, proteger os consumidores, e conferir maior capacidade de planeamento e de realização de escolhas de investimento acertadas". Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE, reforçou que "é uma urgência transmitir e capacitar os jovens desde cedo para as questões financeiras", e que o ISCTE está disponível para aprofundar esta relação de trabalho.

Como contributo para o médio prazo da literacia financeira, Francisco Oliveira Fernandes apontou para o crescimento do mercado de capitais e o desenvolvimento dos mercados financeiros, que continuam em Portugal e no espaço europeu "a ter um papel muito menos relevante do que se observa, por exemplo, nos Estados Unidos, com impactos vários, como no financiamento da atividade económica".

O ISCTE foi fundado em 1973 com o objetivo de contribuir para a modernização de Portugal em duas áreas fundamentais como a gestão e a organização das empresas e a preocupação com a condição operária. "A modernização do país passava por dar uma atenção ao modo como as organizações são geridas, mas também à forma como nessas organizações os assuntos do trabalho e dos trabalhadores são tratados", disse Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE-IUL.

Começou com 200 alunos e hoje tem 13 mil, desdobrando-se entretanto nas suas áreas fundadoras com psicologia, antropologia, mas também as tecnologias digitais, a informática, a inteligência artificial e a ciência de dados. "Mantemo-nos fiéis ao princípio de instituição universitária especializada naquilo que sabemos fazer e o que sabemos fazer são os cursos na área de economia e finanças, nas ciências sociais e agora os cursos nas tecnologias digitais", acentuou Maria de Lurdes Rodrigues.