Segundo palavras do ministro Capoulas Santos, "melhorar a situação de tesouraria" dos produtores agrícolas é uma preocupação. Motivo pelo qual, terá prometido, na recente Feira da Agricultura, em Santarém, antecipar os pagamentos das ajudas contempladas no primeiro e segundo pilares da Política Agrícola Comum (PAC), relativos à organização comum dos mercados dos produtos agrícolas e às novas políticas de desenvolvimento rural.
Em Julho, no Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia, o ministro vai propor que o adiantamento das ajudas no primeiro pilar passe de 50% para 70%, o que representará, segundo disse, "outros 600 milhões de euros". Isto porque pretende avançar já com "75% dos pagamentos do segundo pilar da PAC, que atingirão valores na ordem dos 300, 400 milhões de euros".
Antecipar incentivos do IFAP
Neste quadro, que ameaça afectar o crescimento produtivo da agricultura portuguesa, a Caixa Geral de Depósitos avançou com duas soluções de concessão de crédito de curto prazo aos empresários agrícolas, para financiarem as necessidades de exploração de unidades produtivas dos sectores da agricultura, silvicultura e pecuária.
Uma das soluções reside na antecipação de incentivos. Os empresários podem obter até 80% do que será atribuído pelo IFAP, com um prazo de 12 meses. Se o reembolso do capital for feito no acto do recebimento do incentivo, antes da data de liquidação, ficam isentos da comissão de liquidação antecipada.
A outra solução lançada pela Caixa é o Crédito de Campanha CGD/IFAP, com empréstimos de curto prazo, de montante a definir pelo IFAP, com um prazo de 12 meses e capaz de disponibilizar fundos de forma ágil e flexível.
Acompanhar todo o ciclo em todas as fileiras
O papel da Caixa junto do sector primário tem passado por uma abordagem integrada e transversal com um conjunto de soluções que vão desde o financiamento, de curto a longo prazo, até às soluções de tesouraria. Isto passando por linhas mais específicas, como o apoio às explorações pecuárias de bovinos e suínos e para micro, pequenas e médias empresas, e de seguros.
Destaca-se ainda que no âmbito do programa Portugal 2020, a Caixa financia investimentos aprovados no âmbito dos programas PDR 2020, VITIS e MAR 2020. Os empresários agrícolas, vitivinicultores e das pescas podem assim recorrer a empréstimos de curto, médio ou longo prazo.
O apoio da Caixa Geral de Depósitos ao sector primário passa ainda por um leque de seguros que abrange a pecuária, a viticultura, as colheitas, a floresta, os equídeos e os casos de incêndios que tanto traumatizaram recentemente o país e a produção agrícola.
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