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Société Générale reitera preferência pelas obrigações portuguesas

Os especialistas do Société Générale estão a concentrar as suas apostas na periferia em Portugal, à espera de novos melhorias de rating por parte da Fitch e da Moody's.

08 de Novembro de 2017 às 12:58
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As taxas de juro de Portugal recuaram esta semana para novos mínimos de Abril de 2015 e os especialistas continuam a identificar margem para descidas adicionais, sobretudo ao nível do "spread". Perante as melhores perspectivas para o país, os especialistas do Société Générale argumentam que as obrigações portuguesas oferecem maior protecção nos próximos meses do que a dívida italiana e recomendam a exposição a dívida de longo prazo nacional.


"Identificamos valor agora nos mercados periféricos mais seguros. Ironicamente, as obrigações portuguesas estão provavelmente melhor protegidas nos próximos meses, dadas as melhorias prováveis (de rating)", refere uma nota emitida pelo Société Générale, onde o banco francês deixa recomendações aos investidores sobre a melhor forma de se posicionarem perante as eleições italianas.


Esta nota surge depois da taxa de juro a dez anos de Portugal ter baixado a barreira dos 2%, algo que não acontecia desde Abril de 2015 e de o país ter emitido esta quarta-feira 1,25 mil milhões de euros em títulos de dívida a 10 anos, com o juro mais baixo de sempre: 1,939%. Esta manhã, a taxa de referência segue a avançar 2,3 pontos base para 1,954%.


Os analistas do banco francês, que já tinham antecipado a convergência dos juros portugueses e italianos, argumentam que faz sentido trocar a exposição às obrigações transalpinas a 10 anos pelos títulos a desconto a 30 anos de Portugal. A expectativa é que as linhas a dez anos de Portugal e Itália estreitem para os mesmos valores, "quando a Fitch melhorar o crédito para nível de investimento a 15 de Dezembro (seguida de perto pela Moody’s no início de 2018)".


O SG acredita que em qualquer uma das melhorias de "rating" os investidores deverão assistir a uma recuperação das obrigações portuguesas e sustentar um desempenho mais favorável do que os títulos de dívida italianos.


Assim, os especialistas recomendam aos investidores que concentrem as apostas na dívida da periferia em Portugal. "A prudência nas obrigações italianas antes das eleições contrasta com um outlook político mais estável em Portugal", remata o banco de investimento.

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