Notícia
Presidente do IGCP considera positiva futura subida das taxas de juro
Segundo Cristina Casalinho, Portugal tem capacidade para acomodar a mudança de paradigma da política monetária - que ainda demorará "dois ou três anos" a acontecer, não será imediato.
29 de Junho de 2021 às 20:18
A presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) disse hoje, no parlamento, que a futura subida das taxas de juro deve ser encarada como positiva e que Portugal acomodará a mudança da política monetária.
"Devemos encarar como positiva uma subida das taxas de juro porque isso sinaliza que há uma normalização da atividade económica, significa que as economias estão a crescer de forma mais saudável. Com o que nos devemos preocupar não é tanto com a subidas das taxas de juro, nem tanto com a variação absoluta do acréscimo, mas como é que isso se conjuga com a 'equação-âncora' da sustentabilidade da dívida", disse Cristina Casalinho, perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças.
A presidente do IGCP considera que o importante é que continuem a existir custos de financiamento menores do que o crescimento nominal da dívida, o "ciclo virtuoso da dívida pública", e disse que "nada faz acreditar que essa circunstância não se vai manter", até porque as autoridades monetárias estarão atentas.
Além disso, afirmou, Portugal tem capacidade para acomodar a mudança de paradigma da política monetária - que ainda demorará "dois ou três anos" a acontecer, não será imediato.
Cristina Casalinho disse ainda, perante os deputados, que as taxas de juro da dívida pública portuguesa estão a níveis semelhantes aos registados em 2019, antes da crise pandémica.
"Se compararmos hoje os níveis de taxas de juro quer em Portugal, quer na Europa, voltamos a estar em níveis de 2019. Se olharmos [os prazos da dívida] a dois anos, cinco anos, 10 anos, 30 anos, as taxas de juro - já depois da forte subida que se verificou ao longo dos últimos meses, sobretudo depois de março - verificamos que estão a níveis de 2019. Ou seja, apesar da elevação de taxas continuamos com taxas semelhantes às verificadas no mercado antes da pandemia, a níveis pré-covid", afirmou a responsável máxima do IGCP.
Já questionada sobre o excedente de liquidez do Estado, Cristina Casalinho afirmou que o IGCP considerava os 17 mil milhões de euros de depósitos do Estado no final do ano um valor "desadequado", pelo que tomou iniciativas para passar a um patamar que considera "mais razoável", de 10 mil milhões de euros.
"Devemos encarar como positiva uma subida das taxas de juro porque isso sinaliza que há uma normalização da atividade económica, significa que as economias estão a crescer de forma mais saudável. Com o que nos devemos preocupar não é tanto com a subidas das taxas de juro, nem tanto com a variação absoluta do acréscimo, mas como é que isso se conjuga com a 'equação-âncora' da sustentabilidade da dívida", disse Cristina Casalinho, perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças.
Além disso, afirmou, Portugal tem capacidade para acomodar a mudança de paradigma da política monetária - que ainda demorará "dois ou três anos" a acontecer, não será imediato.
Cristina Casalinho disse ainda, perante os deputados, que as taxas de juro da dívida pública portuguesa estão a níveis semelhantes aos registados em 2019, antes da crise pandémica.
"Se compararmos hoje os níveis de taxas de juro quer em Portugal, quer na Europa, voltamos a estar em níveis de 2019. Se olharmos [os prazos da dívida] a dois anos, cinco anos, 10 anos, 30 anos, as taxas de juro - já depois da forte subida que se verificou ao longo dos últimos meses, sobretudo depois de março - verificamos que estão a níveis de 2019. Ou seja, apesar da elevação de taxas continuamos com taxas semelhantes às verificadas no mercado antes da pandemia, a níveis pré-covid", afirmou a responsável máxima do IGCP.
Já questionada sobre o excedente de liquidez do Estado, Cristina Casalinho afirmou que o IGCP considerava os 17 mil milhões de euros de depósitos do Estado no final do ano um valor "desadequado", pelo que tomou iniciativas para passar a um patamar que considera "mais razoável", de 10 mil milhões de euros.